Disputa pelo Senado já começou no PT do DF
Os deputados e secretrios Paulo Tadeu e Geraldo Magela aparecem como os mais fortes candidatos cadeira ocupada por Gim Argello; eles negam movimentao
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Priscila Mesquita_Brasília247 – Petistas do país inteiro se reúnem nestes sábado (3) e domingo (4), em Brasília, no 4º Congresso Nacional do Partido dos Trabalhadores. Na pauta, mudanças no estatuto do partido, definições de conjuntura e resoluções sobre as eleições de 2012. Como em Brasília não há eleições municipais, os petistas da capital federal estão voltados para 2014. Uma das principais articulações tem em vista a única cadeira em disputa para o Senado, hoje ocupada pelo senador Gim Argello (PTB).
No páreo pelo Senado estão dois petistas de peso: os secretários Paulo Tadeu e Geraldo Magela, ambos deputados federais e que respondem, respectivamente, pelas pastas de Governo e de Habitação. Magela não tem perdido a chance de colocar seu nome para os militantes. Sempre que é abordado por um petista, na maioria das vezes reclamando do governo, ele lembra a disputa que travou com o governador Agnelo Queiroz antes da definição de quem seria o candidato ao Palácio do Buriti. Magela aproveita para dizer que o partido poderia tê-lo escolhido para o governo e se coloca como candidato ao Senado em 2014.
Paulo Tadeu tem adotado tática um pouco menos ostensiva, mas já declarou, inclusive para a imprensa, que pretende se candidatar à reeleição ou tentará "um voo a senador". Ele tem preferido conversar com nomes fortes do partido para articular sua candidatura por cima, pelo alto.
Ambos negam a disputa. Paulo Tadeu informa, por sua assessoria, que seguirá o caminho decidido pelo partido. Magela não quis comentar o assunto. Na prática, entretanto, além dos dois, seus grupos também estão trabalhando intensamente. Magela é da corrente Movimento PT. Paulo, do Campo Democrático Socialista, mais conhecido pela sigla CDS. As duas tendências têm, praticamente, o mesmo tamanho no PT.
O posicionamento de Agnelo, por enquanto, é discreto. A maioria dos petistas, entretanto, avalia que o candidato que receberá apoio dele será Paulo Tadeu, devido à proximidade dos dois e ao antagonismo com Magela. O que fará a diferença, certamente, será o apoio do grupo Construindo Um Novo Brasil, maior tendência do PT, cuja origem é a antiga Articulação. São dessa corrente o presidente do PT-DF, deputado federal Roberto Policarpo, a deputada federal Erika Kokay e os distritais Chico Vigilante e Rejane Pitanga.
Se o Congresso do PT não criar restrições à realização de prévias, como se prevê, as negociações que antecedem o Processo de Eleição Direta (PED) – pré-agendado para abril do ano que vem – também serão determinantes para saber quem será o nome do PT para a disputa do Senado em 2014.
Magela tem a seu favor o histórico na legenda e a extensa experiência política. Ele disputou o GDF em 2002, foi secretário de Habitação no governo de Cristovam Buarque e está no terceiro mandato como deputado federal. Atualmente, seu quinhão no governo está vinculado à área da Habitação. Além de comandar a secretaria, ele responde também pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional, responsável pelo anúncio de beneficiados no programa habitacional. As relações com as cooperativas habitacionais também passam por Magela.
Paulo Tadeu desponta como um nome novo do PT em uma eventual chapa majoritária. Jovem e identificado com esse eleitorado, foi deputado distrital por três mandatos consecutivos e se elegeu federal em 2010 com 164.555 votos, sendo o mais votado do PT. No governo, tem ampliado seus poderes a cada mês. Recentemente, conseguiu levar para a sua pasta a responsabilidade sobre as Parcerias Público Privadas (PPPs), antes conduzidas pela Codeplan. Nos corredores do Buriti, Paulo Tadeu também é chamado de primeiro ministro, tamanho poder acumulou nos oito meses de governo.
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