Dirceu considera válidos manifestos contra o fascismo

Ex-ministro da Casa Civil defendeu os manifestos Basta e Juntos, divulgados neste fim de semana, assim como o movimento "somos70%", criado pelo economista Eduardo Moreira

(Foto: Divulgação)


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 247 - Em meio à resistência cada vez maior aos atos fascistas estimulados por Jair Bolsonaro no País, o ex-ministro José Dirceu destaca que, "no final de semana, dois manifestos assinados por dezenas de milhares cidadãos, mobilizados por meio das redes sociais, são uma prova de como na luta e na indignação se amplia a oposição à escala autoritária e se fortalece a defesa da democracia". 

"Tivemos o manifesto BASTA, organizado por juristas e advogados das  mais variadas tendências políticas em defesa da democracia, do Parlamento e do Judiciário, e o manifesto Estamos#Juntos, integrados por intelectuais, políticos, artistas, jornalistas, publicitários, cidadãs e cidadãos que exige dos representantes e lideranças políticas que exerçam com dignidade seu papel diante da devastadora crise sanitária, política e econômica que o país atravessa", diz ele em análise publicada no site Nocaute

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A posição defendida pelo ex-ministro e ex-presidente do PT contrasta com a visão defendida pelos ex-presidentes Lula e Dilma. Lula fez um alerta ao PT para evitar o embarque em algum processo que resulte num amplo acordo com o atual regime, para manter a política econômica conduzida pelo ministro Paulo Guedes. “Estou dizendo pra gente não pegar o primeiro ônibus que tá passando. Estão querendo reeducar o Bolsonaro, mas não querem reeducar o Guedes”, denunciou.

Dilma Rousseff também rechaçou a ideia. “Esse governo reflete o acordo neoliberal e neofascista”, advertiu a ex-presidente, lembrando que não houve uma ruptura profunda na relação entre os interesses do mercado e o bolsonarismo. “Você tem dissidências dessa relação, que defende a democracia liberal e mantém a pauta neoliberal”, ressaltou, citando como exemplo empresas de mídia.

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O ex-ministro também afirma que "a estes manifestos se soma o Movimento Somos 70%, que domina as redes com a hashtag #somos70%, liderado pelo economista e ativista digital Eduardo Moreira".

"As manifestações do 'Fora Bolsonaro' e de repúdio à escalada golpista nas ruas de Porto Alegre, no Rio de Janeiro, em Brasília e São Paulo apontam para uma retomada das ruas com todas medidas necessárias de proteção na pandemia. As ruas já não são mais espaço único da direita", acrescenta. 

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