Dirceu aponta as condições para uma aliança anti-Bolsonaro
José Dirceu afirma que para viabilizar a agenda anti-Bolsonaro é necessário incluir "questões social e nacional, uma revolução social, pactada via Congresso Nacional ou não". Segundo o ex-ministro, é a economia, não o impeachment, que divide as forças de oposição. A direita critica a agenda antidemocrática, mas tolera Bolsonaro por causa de privilégios, exemplifica
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247 - Em análise publicada no site Poder 360, o ex-ministro José Dirceu afirma que a não haverá possibilidade alguma "de uma agenda comum anti-Bolsonaro que não inclua, na pauta, as questões social e nacional, uma revolução social, pactada via Congresso Nacional ou não". "Nosso compromisso tem que ser organizar e mobilizar o povo para vencer, nas urnas, as próximas eleições presidenciais e fazer a revolução social que não pode mais ser adiada. Temos que retomar o fio da história de nosso povo para termos uma nação soberana, independente, democrática e justa", diz.
De acordo com ex-ministro, "questão de fundo" responsável por dividir "as forças anti-Bolsonaro não é o impeachment ou a derrota do atual presidente em 2022, mas a economia, a renda, a riqueza, o patrimônio e a propriedade acumulada nos últimos 70 anos". "É o conflito distributivo e as reformas necessárias para o Brasil retomar seu desenvolvimento nacional, começando pela questão histórica e decisiva: a soberania nacional, a independência do país, a democracia e a justiça social", complementa.
"Com exceção da questão democrática, não há acordo entre as forças anti-Bolsonaro sobre a soberania nacional, ainda que sua nefasta e desastrada política externa seja condenada por todos. Também não há acordo sobre uma urgente Revolução Social, que distribua renda e riqueza, viabilize o crescimento com o fim da exclusão social e da desigualdade, uma das piores do mundo", continua.
Para exemplificar a sua análise, o ex-ministro afirma que a "direita liberal critica a agenda antidemocrática e obscurantista de Bolsonaro, mas o tolera pela manutenção de seus privilégios, ou seja, riqueza e renda, garantidos pela política econômica neoliberal de Paulo Guedes".
"Seja qual for a resposta, nada impedirá uma revolução social no Brasil se o imobilismo e a marcha acelerada para a desconstituição do Estado nacional e das conquistas sociais e políticas continuar. Ela será feita pelas mãos do povo trabalhador, da juventude, dos negros e negras, das mulheres, daqueles que não têm nada a perder, contra a minoria privilegiada que expropria cada vez mais o trabalho e a produção da riqueza nacional que, sem as classes trabalhadoras, não existiria".
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