Dirceu alerta: se não houver impeachment, Bolsonaro dará o golpe

Após Jair Bolsonaro participar de atos pró-intervenção militar, o ex-ministro José Dirceu também diz haver um "poder que se divide, se fraciona, perde legitimidade, mas ainda tem o respaldo das Forças Armadas expresso pelos generais-ministros instalados no Planalto e pelo grande número de militares lotados em órgãos de governo". "O país precisa de eleições gerais"

José Dirceu
José Dirceu (Foto: Lula Marques)


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247 - O ex-ministro José Dirceu afirma que, ao participar de atos pró-intervenção militar no Brasil, Jair Bolsonaro "cometeu aberta e conscientemente crime de responsabilidade. Se não for detido, caminhará para o golpe".

Segundo o ex-ministro, "para as esquerdas não há outro caminho. É preciso propor o impedimento de Bolsonaro e lutar por ele". "Não se trata só de uma ameaça à democracia, mas do início de um golpe de estado, que precisa e pode ser derrotado. Esta é a hora. O país precisa de eleições gerais e de uma nova Constituição que deve vir pela soberania popular", continua ele em análise publicada no site Nocaute

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De acordo com Dirceu, "não podemos desprezar que Bolsonaro, apesar da perda de apoio entre os partidos de centro-direita, na sociedade civil e mesmo entre grandes empresários, ainda conta com forte base social, fundamentalista e politizada". "Além das minorias agrupadas em torno de milícias, baixas patentes das Forças Armadas e um contingente expressivo das Polícias Militares". 

No texto, ele afirma que não há "vazio de poder no Brasil". "Há um poder que se divide, se fraciona, perde legitimidade, mas ainda tem o respaldo das Forças Armadas expresso pelos generais-ministros instalados no Planalto e pelo grande número de militares lotados em órgãos de governo", continua. 

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"A forte presença militar na disputa política e no exercício do poder no Brasil de Bolsonaro, o que é uma violação flagrante da Constituição e do Estado de Direito, coloca para as esquerdas a gravidade e o risco de uma ruptura institucional ou simplesmente de uma tutela militar aberta".

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