Dino defende seu diálogo com Luciano Huck: melhor ele falar comigo do que com Bolsonaro

"Eu prefiro o Luciano Huck conversando comigo do que conversando com o Bolsonaro", disse o governador do Maranhão, Flávio Dino. "É claro que ele se situa em outro campo político. Não é um quadro, uma liderança, que busca se construir na esquerda. Mas o fato de ele não integrar a esquerda não significa que não devemos dialogar



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247 – O governador do Maranhão, Flávio Dino, do PCdoB, concedeu uma entrevista ao jornalista Rayanderson Guerra, publicada no Globo, em que defendeu seu diálogo com o empresário e apresentador Luciano Huck, que pode vir a ser candidato a presidente em 2022. "Eu tive uma reunião com o Luciano Huck e gostei muito. Achei positiva a preocupação que ele tem de estudar os problemas do Brasil, refletir. Ele tem tratado muito sobre temas ligados ao combate à desigualdade. É claro que ele se situa em outro campo político. Não é um quadro, uma liderança, que busca se construir na esquerda. Mas o fato de ele não integrar a esquerda não significa que não devemos dialogar. Mantive essa reunião e vou continuar mantendo, como tenho quase semanalmente com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para troca de ideias. Devemos conversar com aqueles que neste momento nos ajudem na defesa do estado democrático de direito. Não houve nenhum tipo de debate com o Huck, nem da minha parte, nem da parte dele, sobre a eleição de 2022 por uma razão prática: estamos em 2020. Seria um debate destituído de objetividade, uma vez que daqui até lá há inúmeros caminhos a serem percorridos", disse ele.

Dino também falou que sua aliança deve ser costurada pela esquerda, como disse o deputado Paulo Teixeira (PT-SP). "Eu prefiro o Luciano Huck conversando comigo do que conversando com o Bolsonaro. Sobre a declaração do deputado Paulo Teixeira, achei um gesto simpático, de respeito, amizade, até por causa da história de aliança que temos com o PT desde 1989, desde a primeira candidatura de Lula. É normal que o nosso candidato preferencial seja o PT, assim como outros partidos de esquerda como o PSB, o PDT. Defendo uma frente orgânica, uma reorganização da esquerda, e é claro que só é possível imaginar isso com o PT, jamais contra o PT, mas sem que haja uma imposição de liderança A ou B ou de partido A ou B", afirmou.

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