Dino contraria Rui Costa e defende manutenção da PF no controle da segurança de Lula
Nesta terça-feira, Rui Costa assegurou que a atribuição será transferida para o GSI
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247 - Restando poucos dias para o prazo final em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva precisa decidir quem será responsável por sua segurança pessoal, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, saiu em defesa da Polícia Federal (PF) na execução da tarefa, em detrimento do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
“A Polícia Federal tem tido uma ótima atuação nesse trabalho. Respeito muito o GSI, mas acho que a PF deve continuar”, disse Dino ao blog de Andreia Sadi, no G1. “A decisão evidentemente será do presidente da República, pois é um assunto que está diretamente relacionado a ele e sua família".
A declaração vem após o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmar que a atribuição será transferida para o GSI. "O GSI quem vai fazer (a segurança presidencial). O presidente terá a liberdade de que convidar quem ele entender que deve compor, independente de ser polícia federal, policial militar, ou membros das Forças Armadas. Será montado um modelo híbrido, mas sob coordenação do GSI", disse Rui Costa, nesta terça-feira (20).
Desde janeiro, a segurança pessoal do presidente vem sendo coordenada pela PF, por meio da Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata, comandada pelo delegado Aleksander Oliveira. No entanto, essa estrutura tem previsão de encerrar suas atividades até o último dia deste mês.
O general Marcos Amaro é o atual ministro-chefe do GSI. Nos bastidores, aponta a Folha de S. Paulo, a liderança da PF tem mostrado resistência a qualquer mudança no comando da segurança pessoal de Lula. Havia manifestações por parte de dirigentes do órgão afirmando que seria um retrocesso caso a segurança voltasse a ser comandada por militares, segundo o periódico.
Conforme relatado anteriormente no blog de Andréia Sadi, do G1, uma parte do governo expressa preocupação em relação a essa mudança, mencionando os incidentes recentes envolvendo membros do GSI ligados ao movimento golpista de 8 de janeiro. Além disso, destaca-se a saída do general Gonçalves Dias do comando do órgão, após a revelação de imagens dele ao lado de invasores bolsonaristas do Palácio do Planalto.
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