Dilma tem um Pelé no banco. O nome? Meirelles

Vingana um prato que se come frio, dizem os mineiros. E se Dilma precisa de um ministro forte e acima de qualquer suspeita na Casa Civil para conter o mpeto do PMDB, nada melhor do que um peemedebista, como o ex-presidente do BC



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247 – Antonio Palocci já caiu. Apenas não foi avisado ainda. O que se discute em Brasília é quem a presidente Dilma Rousseff colocará no seu lugar, para que um governo, que começou bem, não navegue em águas ainda mais turbulentas. Acompanhando a crise de muito perto, o Brasil 247 tem uma sugestão a fazer à presidente para a vaga aberta na Casa Civil: Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central. Mas antes de justificar a proposta, vamos antes apontar os prós e contras de todos os nomes que já foram citados na bolsa de apostas:

1) Fernando Pimentel – O ministro do Desenvolvimento, mineiro como Dilma, é o melhor amigo da presidente na Esplanada dos Ministérios (talvez seja o único). Mas não tem trânsito no PT paulista e também é consultor. Sua consultoria, a P-21 (que remete ao nome de plataformas da Petrobras), não foi fechada, ao contrário da de Palocci.

2) Gilberto Carvalho – É um homem afável, respeitado por todo o PT, mas sem a experiência de articulação política. Outro problema é sua ligação umbilical com o ex-presidente Lula. Seria um sinal ruim para a presidente Dilma: o de que ela é tutelada pelo antecessor.

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3) Paulo Bernardo – De todos os quadros do PT, é, disparado, o mais preparado para o desafio. Mas ele vem fazendo um bom trabalho no Ministério das Comunicações, onde tem duas missões importantes: a expansão da banda larga e a disseminação dos tablets no Brasil, o que já começou a acontecer com a redução dos impostos. Seu nome perdeu força, quando vazou a informação de que sua esposa, a senadora Gleisi Hoffmann, teria sugerido a queda de Palocci num encontro com o ex-presidente Lula.

4) Miriam Belchior – A ministra do Planejamento seria a “Dilma da Dilma”. Mas ele não tem traquejo político e dificilmente saberia lidar com as demandas de aliados e do próprio PT. Seria, porém, uma escolha salomônica: agradaria ao grupo de Lula e Gilberto Carvalho e ao dos que esperam a “emancipação” de Dilma.

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5) Maria das Graças Foster – Eis aí o plano B da estratégia “Dilma da Dilma”. Mas Foster é uma mulher de temperamento difícil, que não tem muitos amigos nem na Petrobras, onde é diretora. Seria um risco exagerado trazer uma noviça para o jogo bruto de Brasília.

Mas, por que, então, Henrique Meirelles? Porque ele reúne todos os atributos necessários para o cargo e vem sendo desperdiçado na Autoridade Pública Olímpica, que ainda não saiu do papel.

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Meirelles é um nome técnico, como defende Dilma? Sim, e poderia ser o “gerentão” do governo, cuidando de projetos estratégicos, como as obras da Copa de 2014 e a reforma dos aeroportos.

Meirelles tem o respeito dos empresários? Tão ou mais do que Antonio Palocci.

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Meirelles é imune a escândalos? Sobreviveu a oito anos de fogo amigo no governo Lula e, ao contrário de Palocci, construiu seu patrimônio na iniciativa privada mesmo – e não na zona cinzenta entre o público e o privado.

Meirelles tem traquejo político? Sim. É filiado ao PMDB e tem muito bom trânsito no PT e até em partidos da oposição. Aliás, ele sempre fez política, desde os tempos em que esteve no BankBoston. E teria sido o vice dos sonhos nas eleições de 2010. Era esse o plano de Dilma e Lula, que só não ocorreu porque Meirelles foi atropelado por Michel Temer e a turma do jogo pesado do PMDB.

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Dilma Rousseff é mineira. Como todo mineiro, deve saber que a vingança é um prato que se come frio. Hoje, ela está sendo explicitamente chantageada pelo PMDB, que, se pudesse, manteria Palocci na Casa Civil apenas para arrancar mais cargos e benesses do governo federal.

Se Dilma, além de mineira, for também maquiavélica, ela poderá dar um golpe de mestre. Basta convidar Michel Temer para uma reunião e anunciar que a Casa Civil será entregue ao PMDB. Mas a Henrique Meirelles.

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Esperamos que este seja o seu plano, digníssima presidente.

E esperamos não tê-lo estragado com a divulgação antecipada.

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