Dilma: no pior momento possível, Brasil tem um presidente sem coragem de assumir seu papel

Ex-presidente Dilma Rousseff diz que Jair Bolsonaro finge ignorar que governos de outros países se endividam para salvar vidas. "No pior momento possível, o Brasil tem um presidente sem coragem de assumir seu papel. Seus argumentos são frágeis e é visível que esse pretenso rei está irremediavelmente nu", afirma

Dilma Rousseff, Jair Bolsonaro e Nelson Teich
Dilma Rousseff, Jair Bolsonaro e Nelson Teich (Foto: ABr)


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247 - A ex-presidente Dilma Rousseff criticou nesta sexta-feira, 17, a substituição do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, pelo médico oncologista Nelson Teich. 

Em nota, Dilma afirma que Bolsonaro não se considera responsável por seu governo. "Sua omissão na crise do Covid-19 tem sido sistemática. Para ele, a culpa é sempre dos outros: dos governadores e dos prefeitos, que tomam medidas para proteger a população; e das demais instituições, Congresso e STF", afirma a ex-presidente. 

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"No pior momento possível, o Brasil tem um presidente sem coragem de assumir seu papel. Seus argumentos são frágeis e é visível que esse pretenso rei está irremediavelmente nu. Será julgado pela história, por sua pusilanimidade, e no futuro pela humanidade, diante das mortes que sua criminosa omissão vier a provocar", acrescenta Dilma. 

Leia, abaixo, a nota na íntegra:

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Um pretenso rei irremediavelmente nu

Na fala em que anunciou a troca do ministro da Saúde, Bolsonaro deixou claro que é um omisso contumaz. Eximiu-se mais uma vez de sua responsabilidade como chefe de governo. Avisou que não pretende manter pelo tempo necessário as transferências de recursos para preservar a vida e a subsistência da população. Se recusa a transferir recursos para Estados e Municípios. Os mais vulneráveis, cerca de mais de 100 milhões de brasileiros, aqueles que estão perdendo seus trabalhos e aqueles condenados à informalidade, serão abandonados à própria sorte.

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Entrega, assim, a população do País ao Covid-19 ao propor a flexibilização do isolamento e se omitir diante da perda de salário e de renda das famílias brasileiras. Alega que esse País não tem dinheiro suficiente para bancar tais gastos necessários para garantir a sobrevivência e a subsistência de milhões, mas gasta bilhões resgatando uns poucos bancos. Finge ignorar que os governos dos demais países do mundo se endividam para salvar vidas. Como dizem, é agora a hora de fazer o impensável em tempos normais. A conclusão de Bolsonaro é extremamente perversa: afirma que os trabalhadores devem sair de casa para buscar seu sustento e, por isso, joga milhões de trabalhadores brasileiros ao encontro do vírus e da doença.

Bolsonaro não se considera responsável por seu governo. Sua omissão na crise do Covid-19 tem sido sistemática. Para ele, a culpa é sempre dos outros: dos governadores e dos prefeitos, que tomam medidas para proteger a população; e das demais instituições, Congresso e STF. No pior momento possível, o Brasil tem um presidente sem coragem de assumir seu papel. Seus argumentos são frágeis e é visível que esse pretenso rei está irremediavelmente nu. Será julgado pela história, por sua pusilanimidade, e no futuro pela humanidade, diante das mortes que sua criminosa omissão vier a provocar.

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DILMA ROUSSEFF

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