Dilma: Estadão insultou a inteligência de seus leitores ao comparar Lula a Bolsonaro
Ex-presidente Dilma Rousseff disse que o editorial do Estadão carece de honestidade intelectual ao fazer determinada comparação. "Nem em seus piores momentos, este ou qualquer jornal foi tão infiel à verdade", diz ela
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247 - A ex-presidente Dilma Rousseff criticou o editorial do jornal O Estado de S. Paulo desta terça-feira, 26, que volta à tentativa de equiparar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Jair Bolsonaro.
Pelo Twitter, Dilma disse que o texto opinativo do Estadão carece de honestidade intelectual ao fazer determinada comparação. "Nem em seus piores momentos, este ou qualquer jornal foi tão infiel à verdade. Lula e Bolsonaro são opostos, inconciliáveis e incompatíveis", disse Dilma pelo Twitter.
"Lula é um democrata que nunca, no poder ou fora dele, desrespeitou a liberdade e os direitos humanos. Bolsonaro é um inimigo da democracia e dos direitos do povo. Lula sempre buscou a paz. Bolsonaro busca a violência e quer armar milicianos para uma guerra contra as instituições", acrescenta a ex-presidente.
Dilma diz que o democrata e o fascista não se parecem, são antagônicos. "Ao equipará-los, o Estadão insulta a inteligência dos leitores e comete um ato de pusilanimidade. Em hora tão grave para o país, desrespeita até momentos de sua história em que soube distinguir a barbárie da civilização", afirma a petista.
Com o título “Nascidos um para o outro”, o editorial do Estadão afirma que “tanto o presidente da República como o chefão petista se associam na mais absoluta falta de escrúpulos, em níveis que fariam até Maquiavel corar”.
De acordo com o texto, os dois “enxergam o mundo e seu papel nele da mesmíssima perspectiva. Tudo o que fazem diz respeito exclusivamente a seus projetos de poder, nos quais o Estado e o povo deixam de ser o fim último da atividade política e passam a ser meros veículos de suas aspirações totalitárias”.
Às vésperas da eleições presidenciais de 2018, o jornal publicou um editorial em que dizia que era "uma escolha muito difícil" entre Fernando Haddad e Bolsonaro.
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