Dilma corre atrás dos negócios da China

Presidente embarca amanh para o pas comunista mais capitalista do planeta em busca de um mercado bilionriopara as empresas brasileiras; o primeiro grande teste internacional para seu charme diplomtico



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Rodolfo Borges, de Brasília - A presidente Dilma Rousseff parte para a China nesta sexta-feira 8 na esperança de abrir o mercado do país asiático para as empresas brasileiras, um processo que o governo já vem desenvolvendo com o auxílio das associações industriais nacionais há alguns meses. A estratégia é aumentar a exportação de produtos de maior valor agregado e equilibrar a balança comercial industrial entre os dois países. O Brasil registrou superávit de US$ 5 bilhões na relação com a China no ano passado, quando o país asiático se estabeleceu como o maior parceiro econômico do Brasil, mas apenas graças às commodities, cujos preços internacionais estão supervalorizados. Dos US$ 30, 7 bilhões exportados pelo Brasil ao parceiro em 2010, US$ 24,4 bilhões (79,7%) dizem respeito a minério de ferro, soja triturada e óleo bruto de petróleo.

Associações como a Abicalçados já vêm concentrando esforços na direção do mercado chinês. Os calçadistas realizaram desfiles de moda no país asiático no mês passado, em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). A intenção é vender calçados de alto custo e competir com fabricantes franceses e italianos na China.

O mercado de carnes brasileiras também vem progredindo na China e os produtores de carne suína esperam que a viagem de Dilma contribua para abrir o mercado local à exportação de suínos. A China é a maior produtora e consumidora de carne suína do mundo e a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) aguarda a abertura chinesa desde 2009, quando o presidente Lula visitou o país asiático.

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A missão brasileira à China conta com 24 empresas e 10 entidades, que representam principalmente setores de alimentos e moda e se reunirão com companhias chinesas e de outros cinco países asiáticos, entre eles Indonésia, Malásia e Cingapura. A presidente carrega da missão três comitivas diferentes. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) envia uma equipe para tratar da questão dos suínos. Uma segunda comitiva é chefiada pela Câmara de Comércio Americana (Amcham) e a maior delas, de 200 empresários, é liderada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Entre o empresariado estão representantes da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), que pretende captar fundos na China para financiar obras no Brasil. A visita brasileira não deixa de ser uma resposta ao conselho do embaixador da China no Brasil, Qiu Xiaoqui, que convidou os empresários brasileiros, em entrevista concedida em março, a "estudar com mais atenção o mercado chinês" e, assim, ampliar o comércio com com o país

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Dilma deixa o Brasil na noite desta sexta-feira e chega a Pequim na manhã de segunda-feira, dia 11, depois de uma escala não especificada. Nos dois primeiros dias da visita, a presidente participa de um seminário com empresários e se encontra com o presidente chinês, Hu Jintao. A presidente também encontra o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, e o presidente da Assembleia Popular Nacional da China, Wu Bangguo, e aproveita a viagem para participar da reunião da cúpula dos Bric, grupo composto por Brasil, Rússia, Índia e China.

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