Dilma: Bolsonaro desfere novo golpe contra empresas nacionais
Presidente deposta pelo golpe de 2016, Dilma Rousseff disse que "Bolsonaro desfecha novo golpe contra empresas nacionais". "Política de destruição do setor se aprofunda com abertura do mercado a empresas estrangeiras, anunciada pelo ministro da Economia, na Suíça. É a pá de cal no desmonte promovido pela Lava Jato na engenharia nacional"
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247 - A presidente deposta pelo golpe de 2016, Dilma Rousseff, criticou o governo Jair Bolsonaro, após o ministro da Economia, Paulo Guedes, sinalizar que o País vai abrir mercado para empresas estrangeiras, um duro massacre nas empresas nacionais, uma agenda imposta em consequência do afastamento de Dilma sem crime de responsabilidade.
"Bolsonaro desfecha novo golpe contra empresas nacionais. Política de destruição do setor se aprofunda com abertura do mercado a empresas estrangeiras, anunciada pelo ministro da Economia, na Suíça. É a pá de cal no desmonte promovido pela Lava Jato na engenharia nacional. Pior. O governo abre mão de ter uma política de compras públicas que leve em conta os brasileiros. A concorrência pode estrangular diversos setores empresariais", afirmou a ex-presidente no Facebook.
Em Davos, na Suíça, Guedes afirmou que o País "tem que saber o que quer". "Quer ter as melhores práticas, receber os maiores fluxos de investimentos e se integrar às cadeias globais de negócios? Ou queremos continuar sendo 200 milhões de trouxas servindo a seis empreiteiras e seis bancos?", questionou.
O entreguismo econômico foi um dos pilares da agenda pós-golpe, que tem como "pano de fundo" a interferência dos Estados Unidos por meio de articulações com setores do Judiciário e da política para a exploração petróleo e de outras riquezas nacionais.
O argumento de que o País está em crise e, por consequência, de que a iniciativa privada estrangeira é a solução não se traduziu em retomada do crescimento econômico. O corte de direitos e o de investimentos somam-se à entrega de setores estratégicos para estrangeiros, dilapidando a soberania nacional e o poder de consumo do povo brasileiro, tendo como resultado a continuidade da estagnação econômica.
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