Dilma abre Assembleia da ONU sob aplausos
Presidente Dilma Rousseff fez discurso de abertura da assembleia geral da onu; Barack obama o segundo a falar; acompanhe ao vivo pelo site da onu
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Primeira mulher a discursar na abertura da Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU), a presidente Dilma Rousseff lembrou hoje o fato e se disse orgulhosa. "É a voz da democracia e da igualdade se ampliando nessa tribuna, que tem compromisso de ser a mais representativa do mundo." E destacou: "Vivo este momento histórico com orgulho de mulher. Tenho certeza que este será o século da mulher."
Segundo Dilma, o mundo vive um momento delicado, mas de grande oportunidade história. Ela afirmou que, se a crise econômica global não for debelada, pode se transformar em uma ruptura "sem precedentes", capaz de provocar sérios desequilíbrios entre as pessoas e as nações. "Ou nos unimos todos e saímos vencedores, ou sairemos todos derrotados." Menos importante é saber quem foram os causadores dessa situação, de acordo com ela.
"Importa sim, encontrarmos soluções coletivas, rápidas e verdadeiras. Essa crise é séria demais para que seja administrada por uns poucos países. Seus governos e bancos centrais continuam na responsabilidade da condução do processo, mas sofrem as consequências da crise, todos os países. Portanto, têm direito de participar das soluções."
Ao participar ontem (20) do encontro denominado Governo Aberto – que reúne 60 países que se comprometem a discutir e a executar políticas públicas transparentes -, a presidenta defendeu a importância do acesso à internet e das redes sociais para a promoção de governos mais transparentes.
“A internet e as redes sociais vêm desempenhando papel cada vez mais importante para a mobilização cívica na vida política. Vimos o poder dessas ferramentas no despertar democrático dos países do Norte da África e do Oriente Médio sacudidos pela Primavera Árabe”, disse Dilma, referindo-se aos conflitos nos países muçulmanos que eclodiram com manifestações populares, algumas utilizando a internet, em defesa da democracia e da preservação dos direitos fundamentais.
Na presença de presidentes e primeiros-ministros, Dilma mencionou algumas experiências brasileiras no esforço de garantir o acesso às informações do governo. Ela citou o Portal da Transparência - que publica na internet os gastos do governo - e o trabalho da Controladoria-Geral da União (CGU) no combate à corrupção.
Dilma chegou no último domingo (18) a Nova York, onde fica até amanhã (22) à noite. Antes do retorno ao Brasil, a presidenta se reúne com os líderes mundiais para conversar sobre uma das principais preocupações da comunidade internacional: a segurança nuclear.
As atenções do mundo foram redobradas depois dos acidentes radioativos na Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Nordeste do Japão, em março deste ano, decorrentes do terremoto seguido por tsunami. As cidades em volta da usina foram esvaziadas, vegetais e carne produzidos na região estão proibidos e o governo monitora os moradores com receio da elevação do nível de contaminação.
Também amanhã, Dilma participará de reuniões que se referem à necessidade de os líderes mundiais se comunicarem antes de partir para a chamada ação – é a denominada diplomacia preventiva, uma tradição da diplomacia brasileira.
Abaixo, noticiário de 247 sobre premiação a Dilma em Nova York:
Agência Brasil – A presidenta Dilma Rousseff será homenageada hoje (20) em Nova York. Ela receberá o prêmio na categoria Serviço Público, concedido pelo Instituto Woodrow Wilson International Center for Scholars. O órgão premia as personalidades que colaboram para os avanços intelectuais e científicos no mundo.
O prêmio – nas categorias Serviço Público e Cidadania Corporativa – é concedido a políticos, empresários, líderes de organizações cívicas, artistas e pesquisadores que atuam para melhorar o mundo. A inspiração para a homenagem são as orientações pregadas pelo ex-presidente norte-americano Woodrow Wilson (1913 -1921), que recebeu o Prêmio Nobel da Paz.
Desde anteontem (18) Dilma está em Nova York, onde abrirá amanhã (21) a 66ª Assembleira Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Hoje, ao longo do dia, ela se reúne com os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e do México, Felipe Calderón. Em pauta os impactos da crise econômica mundial.
Ontem (19), Dilma participou de dois grandes eventos – um destinado à discussão sobre doenças crônicas não transmissíveis e outro sobre a presença das mulheres em discussões políticas. Bem-humorada, a presidenta confessou que “dá um frio na barriga” fazer o discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU.
“Sempre dá um frio na barriga. Qualquer um que vai falar para um público de pouco mais de algumas pessoas fica emocionado. Esse é o momento em que você tem de representar o que está fazendo. Tenho de representar o Brasil. Então, é uma emoção muito grande”, disse ela.
À tarde, informa a Agência Estado, a presidente cumpre uma agenda de encontros bilaterais. Às 14h45, reúne-se com o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron. Em seguida, o encontro é com o presidente da França, Nicolas Sarkozy. Às 16h45, Dilma reúne-se com o presidente do Peru, Ollanta Humala, e, às 17h30, como o presidente da Colômbia Juan Manuel Santos. Às 20h, Dilma terá um jantar em sua homenagem oferecido pela representante permanente do Brasil junto à ONU, embaixadora Maria Luíza Ribeiro.
Clique aqui e assista ao vivo pelo site da ONU.
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