Dilma: a esquerda terá de discutir com quem defendeu Bolsonaro

Em entrevista à agência alemã DW, a ex-presidente Dilma Rousseff afirma que a esquerda brasileira tem uma tarefa pela frente: se aproximar do povo e daqueles que apoiaram a eleição de Jair Bolsonaro. "Nós temos de olhar para os evangélicos que votaram no Bolsonaro. Nós temos de discutir com aqueles que o defenderam"

Ex-presidente Dilma Rouseff
Ex-presidente Dilma Rouseff (Foto: Ricardo Stuckert)


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Deutsche Welle - Para a ex-presidente Dilma Rousseff, a esquerda brasileira tem uma tarefa pela frente: se aproximar do povo e daqueles que apoiaram a eleição de Jair Bolsonaro.

"Nós temos de olhar para os evangélicos que votaram no Bolsonaro. Nós temos de discutir com aqueles que o defenderam porque acham e acreditam que a questão da segurança no Brasil é a questão central. E nós temos de tratar essa questão", afirma.

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Em entrevista à DW na Colômbia, onde participou do Hay Festival Cartagena, evento focado em cultura e responsabilidade social, Dilma falou sobre as recentes convulsões sociais na América Latina e a guinada à direita ocorrida no Brasil com Bolsonaro.

"No Brasil o que você constata é a existência de um governo neofascista executando um programa neoliberal", comenta.

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Quanto à influência das manifestações de 2013 na eleição de Bolsonaro, Dilma diz não ver uma relação direta entre os dois acontecimentos, mas que os protestos permitiram o desenvolvimento de "alguns monstros".

"As organizações de direita, de extrema direita, pela primeira vez apareceram claramente no cenário nacional. Além disso, você teve, naquele momento, a visão por parte de alguns, de que seria possível começar a manipular as coisas", considera.

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Leia aqui a íntegra da entrevista.

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