Deputado do PSC relata processo contra Bolsonaro
Escolha desagrada adversrios que querem punio a deputado por homofobia
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Rodolfo Borges_247, de Brasília – A escolha de um deputado do Partido Social Cristão (PSC) para relatar o processo de quebra de decoro parlamentar apresentado pelo PSol contra o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) desagradou àqueles que esperam por algum tipo de punição ao parlamentar. “E aí, dá pra esperar algum senso de justiça por parte do relator? Ah, o corporativismo!”, escreveu o deputado Jean Wyllys (PSol-BA) em seu Twitter. Como a implicância de Bolsonaro com a causa homossexual tem fundo religioso, a escolha de Sérgio Brito (BA), parlamentar de partido cristão, soou tendenciosa para os militantes da luta contra a homofobia.
O processo contra Bolsonaro foi protocolado em maio pelo presidente do PSol, Afrânio Boppré, depois de o deputado do PP bater boca com a senadora Marinor Brito do lado de fora de uma reunião da Comissão de Direitos Humanos do Senado. A depender da decisão do Conselho, Bolsonaro pode ser suspenso ou receber uma censura verbal ou escrita. “Tenho de esperar o processo chegar às minhas mãos para me pronunciar, o que deve ocorrer na próxima semana, e vou me debruçar sobre ele. Mas lógico que acompanhei e tenho uma boa noção do que é o problema”, disse Sérgio Brito ao Brasil 247, destacando que não pode adiantar sua decisão.
Segundo o relator, todo processo instaurado pelo Conselho de Ético é grave. “Mas há graus, moderado, alto, ameno”, completa. A partir da instauração do processo, o relator tem 40 dias úteis para instruir o processo e mais 10 dias úteis para apresentar o relatório, num total de 50 dias úteis. Dentro desse prazo, Bolsonaro terá dez dias para fazer sua defesa. Sérgio Brito é titular do Conselho de Ética da Câmara há cinco anos, mas é a primeira vez que relata um processo do gênero. O deputado também preside a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Casa.
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