Debate interno sobre regra fiscal tem desconfiança e desconforto entre integrantes do governo

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, restringiu a discussão com receio de vazamentos

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante coletiva de imprensa em Brasília 12/01/2023
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante coletiva de imprensa em Brasília 12/01/2023 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)


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247 - O debate sobre a nova regra fiscal, conduzido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acontece em meio a um clima de desconfiança no núcleo do governo, aponta reportagem da jornalista Catia Seabra na Folha de S.Paulo.

Haddad restringiu a discussão a um grupo pequeno para evitar que a proposta vazasse e chegasse transfigurada às mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

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Nesta sexta-feira (17), o presidente conheceu os detalhes da proposta. 

Com receio de eventuais críticas de seus próprios companheiros do PT, Haddad quis primeiro conquistar o aval do chefe de governo. Ele pretendeu impedir que a proposta fosse alvo de um debate público antes que fosse oficialmente apresentada ao presidente.

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Isto causou insatisfação entre membros de outras áreas do governo. Um dos ministros que se ressentiu disso foi o chefe da Casa Civil, Rui Costa, que até a sexta-feira não conhecia em detalhes o teor da proposta, apesar de ter pedido informações. 

A reportagem relata que há desconfianças mesmo no interior do Ministério da Fazenda, pois o debate ficou limitado aos secretários mais próximos ao tema, enquanto os demais não foram informados de detalhes. 

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Durante a elaboração do plano, Haddad apresentou as diretrizes sobre a nova regra fiscal ao vice-presidente Geraldo Alckmin, também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, e à ministra do Planejamento, Simone Tebet, além do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

A estratégia de Haddad gerou desconforto entre seus pares, que enxergam nele uma intenção de se consolidar como um superministro.

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A atitude foi recebida por colegas de Esplanada como um sinal de que, na opinião de Haddad, outros integrantes do governo não seriam qualificados o suficiente para um debate sobre a nova regra fiscal.

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