“Críticas de Lessa são típicas de generais de pijama”
Lder do PT no Senado, Humberto Costa rebate crticas do general da reserva Luiz Gonzaga Lessa a Nelson Jobim e Celso Amorim; Vaccarezza nem quis comentar as declaraes do militar
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Evam Sena_247 – “Crítica são típicas de generais de pijama”, respondeu o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), às duras palavras do general da reserva Luiz Gonzaga Schroeder Lessa contra o ex-ministro da Defesa Nelson Jobim e ao atual ministro, Celso Amorim, divulgadas em carta publicada na revista da Associação Brasileira de Defesa. A verborragia do general também foi desqualificada por líderes do PMDB.
Sob o título de Carta ao Senhor Jobim, Lessa afirmou que o ex-ministro foi “expelido do cargo de forma vergonhosa, ácida e quase sem consideração”, da mesma forma que, segundo o general da reversa, Jobim tratou com militares. “Você foi um embuste, Jobim”, afirmou.
Para Lessa, Jobim tem “ego avassalador”, “prepotência” e “arrogância”. O ex-presidente do Clube Militar, que reúne alas conversadores dos militares na reserva, mostrou ressentimento pelas vezes em que Jobim usou farda militar. “O senhor (Jobim), de fato, nunca a entendeu e nunca foi compreendido e aceito pela tropa, por faltar-lhe um agregador essencial, a alma do soldado”, disse. “Por tudo de mal que fez à Nação, enganando-a sobre o real estado das Forças Armadas, já vai tarde”, declarou Lessa.
Para Humberto Costa, as palavras revelam que o “pensamento conservador” continua forte entre os “que estão fora da caverna”, mas não evidenciam uma crise latente no Ministério da Defesa. “É um pensamento isolado nas Forças Armadas. São críticas agressivas e injustas, típicas de general de pijama”, disse o líder do PT.
Costa minimizou as críticas de Lessa a Celso Amorim. Para o general, o ex-ministro das Relações Exteriores “deslustrou o Itamaraty” e “comprometeu” a diplomacia brasileira. “Sem afinidade com as Forças, alheio aos seus problemas e necessidades mais prementes, com notória orientação esquerdista, só o tempo dirá se a sua indicação valeu a pena”, declarou Lessa.
“As críticas a Amorim foram fracas, a intenção dele era atacar o Jobim”, avaliou o líder do PT. Para Costa, as palavras do general da reserva não representam uma mensagem de que militares não se subordinam a ministros civis. “Desde a criação do Ministério da Defesa, não tem tido nenhum problema de insubordinação. Já há uma cultura de aceitação desse modelos, que é o melhor possível para integração das Forças”, disse.
Um integrante da cúpula do PMDB não quis comentar a carta e reservou-se a declarar que as palavras revelam “ressentimento” e “saudosismo”. Segundo assessores, Jobim não se importa com cartas desse tipo. O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), preferiu não comentar as declarações.
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