CPI ganha força no Senado

J so 20 as assinaturas; senador Pedro Simon critica Dilma por ouvir demais as opinies de Lula



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Rodolfo Borges_247, de Brasília – A demora da presidente Dilma Rousseff em demitir Antonio Palocci da Casa Civil vai enervando os parlamentares do Congresso Nacional e dá força à abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o ministro. A CPI já conta com 20 das 27 adesões necessárias para ser instalada – o senador Itamar Franco (PPS-MG) só não assinou ainda porque está doente. A última a aderir ao requerimento foi a senadora Ana Amélia (PP-RS), que é da base do governo. “O ministro não esclareceu todas as dúvidas, por isso vou assinar a CPI”, disse a senadora no Plenário, destacando que sempre teve “uma posição de independência”.

Ana Amélia se une aos senadores Roberto Requião (PMDB-PR) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), que apesar de serem da base do governo mantêm suas assinaturas no requerimento. O senador Clésio Andrade (PR-MG) chegou a assinar o documento, mas retirou o apoio na semana passada depois de sofrer pressões do governo. Ana Amélia se mostrou contrariada com a demora da Procuradoria-Geral da República (PGR) em fornecer informações sobre o caso aos senadores e com as explicações pouco convincentes de Palocci. O requerimento para a instalação da CPI conta com 11 assinaturas do PSDB, quatro do DEM, duas do PSol, do PMDB e uma do PP.

Outro que criticou as respostas de Palocci à imprensa foi o senador Pedro Simon (PMDB-RS). “A Dilma não dispensou o Palocci porque o Lula pediu. Mas quando ele fez bobagem no governo passado, o Lula demitiu”, disse o senador, lembrando o caso do caseiro Francenildo, que derrubou Palocci do Ministério da Fazenda em 2005. Simon também lamentou o surgimento de mais uma denúncia contra o ministro. A revista Veja revelou que o apartamento onde mora a família do ministro é alugado de um “laranja”. Simon disse, contudo, que só assina a CPI depois de a PGR se manifestar sobre o assunto.

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Esta terça-feira, 7 de junho, é um dia chave para o caso Palocci. O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), deve anular a convocação de Palocci à Casa, aprovada na semana passada pela Comissão de Agricultura. A base do governo recorreu à Presidência da Câmara depois de seus deputados se confundirem e aprovarem o requerimento sem querer. A oposição ameaça recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) caso a convocação seja anulada. A decisão pode salvar Palocci do depoimento, mas vai desgastar o ministro ainda mais e aumentar as pressões sobre a presidente.

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