Coordenador da comunicação da campanha confirma carta de Lula aos evangélicos e critica uso da máquina por Bolsonaro na eleição
“Em alguns momentos nós não estamos enfrentando o candidato, estamos enfrentando o Estado brasileiro”, afirma Edinho Silva sobre medidas eleitoreiras de Bolsonaro
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 - Um dos coordenadores da campanha do ex-presidente Lula (PT), Edinho Silva, confirmou que o presidenciável petista divulgará uma carta endereçada aos evangélicos brasileiros e criticou Jair Bolsonaro (PL) por abusar da máquina pública para criar medidas eleitoreiras e tentar conquistar votos com benefícios sociais implementados às vésperas da eleição.
Sobre a carta aos evangélicos, Edinho afirmou em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo nesta terça-feira (11): "Vai (existir), ela está sendo construída."
Questionado sobre os motivos pela criação de tal documento, o coordenador petista mencionou que é uma sugestão de lideranças evangélicas próximas da campanha de Lula: "Quando você amplia seu leque de apoio, tem que ampliar também sua concepção. Várias lideranças evangélicas que chegaram no segundo turno acham que é importante ter carta e ele está ouvindo. Ele vai pôr no papel o que sempre fez: que vai respeitar a liberdade religiosa."
Quanto às maiores preocupações relacionadas a Bolsonaro para o segundo turno, Edinho mencionou o uso da máquina pública pelo atual chefe do Executivo para ganhar votos e denunciou 'crime eleitoral atrás de crime eleitoral': "Não existe na história brasileira nenhuma eleição que tenha usado tanto a máquina pública. É algo que coloca em xeque o instituto da reeleição. Como um presidente usa a máquina como ele está usando e não há nenhuma reação do poder judiciário? É crime eleitoral atrás de crime eleitoral."
O coordenador petista questionou a existência da reeleição em tais condições, que favorecem amplamente o presidente em vigor, e analisou que atualmente o PT está 'enfrentando o Estado brasileiro' e não apenas um candidato à presidência: "Se o Estado não garantir regras iguais para a disputa eleitoral e processo de reeleição, tem que acabar com a reeleição. É um precedente absurdo. Isso é grave. Agora, nós vamos tocar a campanha. Em alguns momentos nós não estamos enfrentando o candidato, estamos enfrentando o Estado brasileiro. Eu já vi prefeito ser cassado por motivos infinitamente menores. Eu penso que o Brasil que sai dessas eleições é um Brasil que vai enterrar a reeleição."
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247