Congresso do PT aprova restrição a filiações
O novo estatuto do partido vai determinar que os diretrios municipais realizem quatro reunies por ano com novos filiados para conhecimento da legenda, sua histria e concepo
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Evam Sena_247, em Brasília – O 4º Congresso Nacional do PT votou na tarde deste sábado, 3, a reforma no estatuto do partido. Dentre as mudanças já aprovadas pelos delegados da legenda está a restrição para filiações, um dos pontos mais polêmicos a serem discutidos no encontro. O partido votou também as regras para contribuições financeiras de filiados, outra questão que levanta debate entre petistas.
O novo estatuto do PT vai determinar que os diretórios municipais realizem quatro reuniões por ano com novos filiados para conhecimento do partido, sua história e concepção. A proposta, encabeçada pelo deputado federal Ricardo Berzoini (SP), não foi consenso nem entre as tendências majoritárias do partido.
"Estava brincando que o cara se filiar ao PT vai se tornar um castigo. Não podemos criar um 'partido bolshevik'. O PT é um partido de massa", disse o deputado federal Jilmar Tatto (SP).
O PT já aprovou também a obrigação de os filiados justificarem a ausência no PED (Processo de Eleições Diretas), determinação que não existia no estatuto. Quem não justificar em até seis meses não poderá participar de eleições internas. A restrição para votações se deve ao aumento no número de filiados em períodos antes de PED (Processo de Eleições Diretas).
Dentre as discussões sobre contribuição financeira pelos filiados, o congresso manteve a contribuição anual para quem não ocupa cargo eletivo, com valor proporcional ao salário. A proposta derrotada era diminuir o período para pagamento semestral, com valor fixo, independente do salário.
Ainda a ser apreciada está a sugestão que atinge os dirigentes partidários, que hoje pagam anualmente ao partido. A proposta é transformar em mensalidade, com valor correspondente a 1% dos seus salários líquidos. Outro item a ser votado obriga os filiados a pagarem sua taxa ao partido no mínimo 90 dias antes do PED. Hoje, a quitação pode acontecer no mesmo dia das eleições.
No domingo, o PT vai apreciar a resolução política que guiará os encontros partidários e, entre outras coisas, defende a regulamentação da mídia, a redução dos juros, o combate à corrupção e reformas de Estado.
A votação de moções também ocorrerá no domingo, quando está programada a apresentação de nota de apoio ao ex-ministro José Dirceu, por conta da matéria de revista Veja da semana passada, em que ele é acusado de exercer um poder paralelo ao Planalto e conspirar contra o governo Dilma.
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