Comandante do Exército decide acabar com celebração do golpe de 64 nos quartéis

General Tomás Paiva cancelou a leitura da Ordem do Dia alusiva a 31 de março de 1964, data do golpe militar no Brasil. "O normal era não existir", segundo avaliação do comandante

Lula e Tomás Miguel Ribeiro Paiva
Lula e Tomás Miguel Ribeiro Paiva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)


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247 - O comandante do Exército, general Tomás Paiva, decidiu acabar com a celebração do aniversário do golpe militar de 1964 nos quartéis já em 2023. De acordo com Carla Araújo, do UOL, a avaliação de Paiva é de que "o normal era não existir" a leitura da Ordem do Dia alusiva a 31 de março de 64.

A interlocutores, o general afirma que o momento é de "retomada da confiança" e de busca de pacificação. O fim da celebração do golpe seria, portanto, um aceno ao governo Lula (PT).

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A leitura da Ordem do Dia de 31 de março acabou em 1995, durante o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Nos primeiros governos Lula, segundo o Centro de Comunicação Social com base nos arquivos do Exército, só foram localizadas Ordens do Dia publicadas em 2004, 2005 e 2006. Desde então, a celebração não havia mais acontecido. Em 2019, no entanto, com a chegada de Jair Bolsonaro (PL) à Presidência, a prática foi retomada.

"Infelizmente", Lula ganhou

À cúpula do Exército, o general explicou o áudio em que afirma que "infelizmente" Lula venceu as eleições. Paiva disse que a ideia central de sua fala aos subordinados era reforçar a aceitação do resultado eleitoral.

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Investigação de militares

Em mais um aceno, o comandante fez chegar pelos bastidores ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que não haverá resistência do Exército em relação ao julgamento de militares envolvidos no 8 de janeiro pela Justiça comum.

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