Com destaque para Unasul e G7, Lula completa 100 dias de governo em meio à reestruturações
100 primeiros dias de governo foram marcados por retomada do papel brasileiro em cenário internacional
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Opera Mundi - O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva completa 100 dias nesta segunda-feira (10/04) em meio a uma retomada da agenda internacional intensa do Brasil, a um novo arcabouço fiscal e questões voltadas para o meio ambiente.
Ao ser eleito para o terceiro mandato como chefe do Executivo, Lula garantiu que o "Brasil estava de volta" ao cenário internacional. Cumprindo sua promessa, o mandatário viajou para Argentina, Uruguai e Estados Unidos e fará uma viagem para a China a partir desta terça-feira (11/04) - em ida que precisou ser adiada por problemas de saúde.
Unasul e cúpula do G7
Além disso, o presidente também anunciou, na última quinta-feira (06/04), a volta do Brasil para a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) por meio de um decreto como medida para fortalecer o bloco e a integração regional.
Lula já havia indicado que a retomada do bloco era uma de suas propostas ao assumir a Presidência brasileira pela terceira vez. No seu discurso de posse, o petista ressaltou que o protagonismo do Brasil iria se concretizar "pela retomada da integração sul-americana, a partir do Mercosul, da revitalização da Unasul e demais instâncias de articulação soberana da região".
Após o impeachment de Dilma Rousseff, os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro reduziram ou mesmo procuraram acabar com a relevância da Unasul.
Para além, Lula também foi convidado pelo premiê japonês Fumio Kishida para a Cúpula do G7 que será realizada em maio, sendo essa a primeira vez que o Brasil é convidado para a reunião desde 2009.
Em comunicado, a embaixada do Japão no Brasil informou que o convite foi realizado porque o mundo está "ansioso" para debater com o presidente brasileiro temas de relevância internacional.
Por fim, Lula também deu força para a volta dos debates mais intensos para finalmente concluir o acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia e, em meio a críticas, colocou o Brasil como um possível mediador da guerra na Ucrânia.
Cenário interno
Mas, se no cenário internacional a situação é positiva, Lula enfrenta diversas questões problemáticas dentro do país.
Do ataque de grupos bolsonaristas que destruíram os prédios da Praça dos Três Poderes em Brasília, em 8 de janeiro, a diversas polêmicas em questões econômicas - como a briga com o Banco Central e as intensas discussões do novo arcabouço fiscal - o presidente não está tendo um caminho fácil.
O mandatário porém cumpriu promessas de campanha de restabelecer os programas sociais que haviam sido alterados ou abandonados durante o governo de Jair Bolsonaro (2019-2022), como o novo Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida e o programa Mais Médicos.
Outro ponto forte foram as questões ambientais, com o restabelecimento do Fundo Amazônia e a volta dos investimentos da Alemanha e da Noruega, a atuação forte em meio à crise humanitária vivida pelo povo Yanomami
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