Coligação Lula-Alckmin critica 'oportunismo eleitoral' de Bolsonaro

Sete partidos emitiram uma nota contra a tentativa de Jair Bolsonaro em "comprar a consciência e o voto da população", com medidas "tardias e insuficientes". Leia a íntegra

Geraldo Alckmin e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Geraldo Alckmin e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert)


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247 - A coligação Vamos Juntos pelo Brasil, de sete partidos (PT, PCdoB, PSB, PSOL, PV, Rede e Solidariedade), afirmou nesta sexta-feira (24), em nota, que as medidas anunciadas esta semana pelo governo Jair Bolsonaro para enfrentar a crise econômica "são tardias e insuficientes". "Imaginar que um aumento no valor do Auxílio Brasil, do vale gás e um vale caminhoneiro a 100 dias da eleição vão comprar a consciência e o voto da população não é apenas oportunismo eleitoral: é preconceito e desrespeito à inteligência do povo brasileiro", disse. 

O governo federal pretende aprovar a PEC 16/22, que deve ser votada pelo Senado na próxima terça-feira (28) - a proposta prevê aumento de R$ 400 para R$ 600 no valor do Auxílio Brasil e, durante seis meses, uma ajuda de R$ 1.000 para os caminhoneiros.

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"Se temos hoje 33 milhões de brasileiros e brasileiras passando fome, na imensa maioria crianças, a culpa é de um governo que só despertou para a crise a 100 dias das eleições em que será julgado pelo povo", afirmou a coligação.

Leia a íntegra da nota:

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As medidas anunciadas por Jair Bolsonaro em Proposta de Emenda à Constituição são tardias e insuficientes para enfrentar a gravíssima crise social que seu desgoverno aprofundou. O povo brasileiro sabe que Bolsonaro é o responsável pela crise econômica, o desemprego, a inflação, o aumento do custo de vida e a volta da fome e da miséria ao nosso país.

Com o envio dessa PEC ao Congresso, Bolsonaro volta a fugir de suas responsabilidades e transferi-las para outros, assim como ocorreu na pandemia da COVID-19, que ceifou a vida de quase 700 mil pessoas. Todos se recordam que coube ao Congresso Nacional e ao Poder Judiciário tomar as medidas necessárias para proteger a população, porque o presidente da República nada fazia, ou fazia errado, como demonstrou a CPI da Pandemia.

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Se temos hoje 33 milhões de brasileiros e brasileiras passando fome, na imensa maioria crianças, a culpa é de um governo que só despertou para a crise a 100 dias das eleições em que será julgado pelo povo.

Imaginar que um aumento no valor do Auxílio Brasil, do vale gás e um vale caminhoneiro a 100 dias da eleição vão comprar a consciência e o voto da população não é apenas oportunismo eleitoral: é preconceito e desrespeito à inteligência do povo brasileiro.

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Desde a instituição do Bolsa Família, no governo Lula, em 2003, o Estado passou a cumprir a obrigação constitucional de garantir renda à população mais necessitada. Ao longo desses quase 20 anos, o povo brasileiro compreendeu que este é um direito de cidadania e não um favor do governo, qualquer que seja.

As pessoas sabem o que Bolsonaro deixou de fazer por elas e não fez no tempo certo. Não vão se iludir com medidas que vêm tarde demais para corrigir três anos e meio de sofrimento

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A realidade é que o compromisso do atual Presidente da República é com os muitos ricos, especuladores e financistas, que se enriquecem às custas do sofrimento de um povo trabalhador, explorado por um modelo econômico que não oferece esperança nem dignidade.

O Brasil espera de todos nós compromisso, e não irresponsabilidade. Espera solidariedade nas dificuldades. Planejamento em vez de atropelo. O Brasil espera mais de nós. O Brasil não pode continuar sendo governado por gente egoísta, desumana e medíocre.

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Brasília, 24 de junho de 2022.

Gleisi Hoffmann, PT

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Luciana Santos, PCdoB

Carlos Siqueira, PSB

Juliano Medeiros, PSOL

José Luiz Penna, PV

Wesley Diógenes, Rede

Paulinho da Força, Solidariedade

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