Ciro Nogueira, líder do centrão, defende reeleição de Bolsonaro
O senador Ciro Nogueira, presidente do Progressistas e um dos líderes do centrão, disse que irá apoiar a reeleição de Jair Bolsonaro em 2022. “Vou defender com meu partido esse apoio. Hoje acredito que 90% do partido apoiaria a recondução dele”, afirmou
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247 - O senador Ciro Nogueira, presidente do Progressistas, maior partido do chamado centrão, disse que irá apoiar a reeleição de Jair Bolsonaro em 2022. “Vou defender com meu partido esse apoio. Hoje acredito que 90% do partido apoiaria a recondução dele”, disse Nogueira em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. Ignorando a inação do governo no combate à pandemia, que já deixou quase 100 mil mortos, e o fracasso da política econômica, Nogueira disse que Bolsonaro vive o seu “melhor momento” e que o PT, principal partido de oposição, não possui um “candidato competitivo”.
Para o parlamentar, o crescimento da popularidade de Bolsonaro no Nordeste, onde o PT sempre teve forte presença eleitoral, aponta que a região “não é de esquerda, não é petista. O Nordeste foi lulista. Lula transmitiu na época ter uma preocupação de cuidar das pessoas. O presidente agora teve a mesma atitude, nesse momento de dificuldade, passou essa imagem lá e ocupou um espaço de um vazio enorme” disse. “Com a falta de perspectiva de futuro do PT, de ter um candidato competitivo, o partido se enfraqueceu muito. As pessoas não veem mais Lula com perspectiva de poder e nem ele com vontade disso mais”, completou.
O senador negou que o progressistas esteja apoiando o governo Bolsonaro em troca de cargos na administração federal. “Não estamos apoiando ele por conta de cargos. Se você olhar o estilo das votações do Progressistas, e até dos partidos de centro, estávamos votando com o governo há muito tempo. Não mudou nada”, disse.
Ele também criticou a Lava Jato e defendeu as ações do procurador-geral da República, Augusto Aras, que retiram parte do poder dos procuradores da força-tarefa. “Tudo o que for transparente é melhor. A Lava Jato foi ganho enorme para o País, agora, nada está acima da lei. Se tiver erros, deve ser corrigido. Tenho certeza que Aras não quer prejudicar a Lava Jato, ele quer que as coisas sejam feitas de uma forma correta. Acho isso justo”, destacou.
O senador foi denunciado no âmbito da operação pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Ele foi acusado de ter pedido recursos à Odebrecht para suas campanhas eleitorais e do PP em 2010 e 2014, em valores que chegariam a R$ 7 milhões.
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