CH confirma: Palocci caiu no domingo

Demisso aconteceu na data antecipada pelo 247



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247 – Uma informação publicada na coluna do jornalista Claudio Humberto, um dos mais bem informados de Brasília, confirma: Antonio Palocci caiu no último domingo, 5 de junho, quando Dilma Rousseff disse a Lula, ao próprio ex-ministro e a algumas pessoas próximas que não estava mais disposta a segurá-lo.

Leia, abaixo, a nota de Claudio Humberto:

Entrevista ‘salvadora’ acelerou queda 
de Palocci

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O ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci caiu no domingo, quando a presidenta Dilma ligou para ele: “Não dá mais”. A decisão foi tomada depois de analisar os trackings das pesquisas qualitativas de cidadãos que assistiram à entrevista dele na TV Globo, dois dias antes (sexta, 3). Ninguém se convenceu. Palocci pôs a culpa na “edição da entrevista”, e até conseguiu repetecos na Globo e na GloboNews, mas foi inútil.

E também a reportagem do 247, que anteciou a demissão:

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247 – Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva conversaram muito neste domingo. E o tema da conversa foi Antonio Palocci. Os dois já chegaram a um consenso: é preciso demitir o ministro da Casa Civil, uma vez que Palocci, demonstrando um incompreensível apego ao cargo (leia mais a respeito), resiste em sair por conta própria. E continua causando estragos ao governo Dilma.

Lula está em São Paulo; Dilma, em Brasília. Estava previsto um encontro reservado entre ambos, na capital federal, que foi cancelado, porque a informação vazou. As conversas do domingo foram todas pelo telefone.

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Palocci desembarca nesta segunda em Brasília. Dilma e Lula gostariam que ele tomasse a iniciativa de pedir demissão. Mas ambos estão surpresos com o estado de alienação do ministro. Palocci considera que não cometeu nenhum crime, enquanto acumulou a atividade de consultor e deputado federal. A nova denúncia que surgiu neste fim de semana, a de que ele mora num apartamento de um laranja (leia mais), torna sua situação insustentável, segundo Dilma e Lula. Em quatro anos, Palocci multiplicou seu patrimônio por vinte (e o cálculo pode estar subestimado). Ele adquiriu um imóvel de R$ 6,6 milhões e aluga outro avaliado em R$ 4 milhões.

Dilma tem sido leal ao ex-presidente Lula. Se dependesse dela, já teria demitido Palocci há muito mais tempo. Lula, que foi a Brasília no meio da crise para dizer que não se deixa "um Pelé no banco de reservas", avaliava que era possível preservar Palocci, mas foi convencido por ela. Ambos já perceberam que a presença de Palocci ofuscou fatos importantes do governo Dilma, como a redução dos impostos nos tablets e o lançamento do programa Brasil sem Miséria. Além disso, o governo passou a ser chantageado explicitamente por aliados, que, valendo-se da fragilidade do ministro, exigem a nomeação imediata de todos os seus apaniguados em cargos de segundo escalão.

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Este aconselhamento de Lula a Dilma, no entanto, tem feito mal à imagem da presidente. Reduz sua autoridade e avaliza a ideia de que ela cumpre apenas um mandato tampão, como se estivesse esquentando a cadeira para a volta de Lula em 2014. Brasil 247 já publicou um texto crítico a respeito (Quem manda?, leia).

A demissão de Palocci pode ser anunciada a qualquer momento. Nesta segunda-feira, Dilma recebe Hugo Chávez e está previsto um pronunciamento à imprensa às 12h30.

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