Celso Amorim se diz emocionado com “decisão histórica” do STF: “confirmou a inocência de Lula”
Ex-chanceler afirma que com a decisão desta terça-feira, o Supremo “restituiu de forma definitiva todos os direitos” do ex-presidente. “Viva Lula! Viva a Democracia! Seguimos na luta, atentos e vigilantes, com ânimo e energia redobrados”
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247 - O embaixador e ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim se disse emocionado e celebrou a decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, que nesta terça-feira (23) declarou o ex-juiz Sergio Moro suspeito na condução do processo do triplex contra o ex-presidente Lula.
“Quero compartilhar com todas e todos a minha emoção com a histórica decisão do Supremo Tribunal Federal, que declarou suspeito o ex-juiz Moro e confirmou a inocência de Lula, restituindo de forma definitiva todos os seus direitos”, escreveu Celso Amorim, que também é presidente do Comitê de Solidariedade Internacional em Defesa de Lula e da Democracia no Brasil.
“Viva Lula! Viva a Democracia! Seguimos na luta, atentos e vigilantes, com ânimo e energia redobrados”, completou o embaixador.
O julgamento
Por 3 votos a 2, a Segunda Turma decidiu que Moro julgou com parcialidade ao condenar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do triplex do Guarujá.
A maioria a favor da ação do ex-presidente foi formada com a mudança de voto da ministra Cármen Lúcia. "Todos têm o direito de ter um julgamento justo por um juiz e um tribunal imparciais, e, principalmente, no qual ele possa comprovar todos os comportamentos que foram aos poucos consolidando o quadro fundamental, um cenário diverso que veio a ser desvendado nesse processo, para se demonstrar a quebra de um direito de um paciente", declarou a ministra.
Com a decisão desta terça, a Segunda Turma anulou todo o processo do triplex, que precisará ser retomado da estaca zero pelos investigadores.
Kassio Nunes Marques
Integrante mais novo da corte, indicado por Jair Bolsonaro, o ministro Kássio Nunes Marques votou contra o habeas corpus da defesa de Lula. Ele afirmou que “não basta que o juiz seja simpatizante de certas ideias” para ser considerado suspeito e ainda que a discordância do réu em relação a um juiz que considera “detestável” não leva à anulação de suas decisões.
O ministro também se manifestou abertamente contra o uso jurídico das mensagens hackeadas dos procuradores da Lava Jato por Walter Delgatti, mesmo elas não estando no habeas corpus da defesa de Lula. Ele alegou diversas vezes que não poderiam usar no julgamento “provas obtidas por meios ilícitos” e ainda “fruto de crime” para declarar a suspeição de Moro.
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