Brasil, enfim, condena Irã
Delegao brasileira na ONU, chefiada pela ministra Maria do Rosario,votapelos direitos humanos no pasdos aiatols
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O Brasil mudou em relação ao Irã. Depois de oito anos de abstenções ou votos desfavoráveis a quaisquer ações ou críticas em relação a situação dos direitos humanos no país, a delegação brasileira, chefiada pela ministra Maria do Rosario, deu voto favorável ao envio de um relator especial da Comissão de Direitos Humanos da ONU ao Irã. O voto foi dado nesta quinta-feira 24, em Genebra, no penúltimo dia da reunião plenária do Conselho. Em dezembro, a então presidente eleita Dilma Rousseff disse em entrevista ao jornal The Washington Post que se posicionaria contra “práticas medievais”, como apedrejamento, vigentes no país. O Irã já se recusou a receber observadores da ONU para os direitos humanos, alegando interferência em assuntos internos.
A decisão de enviar um relator da Comissão de Direitos Humanos da ONU ao Irã foi tomada em uma votação encerrada em 27 a 7. Quatorze países se abstiveram e quatro não votaram. Iniciada em fevereiro, a reunião da ONU termina na sexta-feira 25.
O Irã é o exemplo mais explícito da correção de rota que vai sendo empreendida no Itamaraty em relação à política externa praticada nos últimos oito anos, durante o governo Lula. O Brasil considerou limpas as eleições presidenciais de 2009 no país, que resultaram na reeleição de Mahmoud Ahmadinejad. A comunidade internacional, porém, classificou o pleito de irregular. Milhares de iranianos saíram às ruas durante vários dias pedindo a anulação do processo eleitoral, mas o regime dos aiatolás deu posse ao presidente. Mais tarde, Lula chamou Ahmadinejad de “amigo” e o recebeu em Brasília. O governo brasileiro não manifestou nos últimos oito anos nenhuma observação sobre o desrespeito aos direitos humanos no Irã. Agora, com Dilma, o País começa, enfim, a romper com essa política.
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