Boulos: 'precisamos dialogar com a terceira via e com o eleitor que não votou no 1º turno'
O recém-eleito deputado federal Guilherme Boulos defendeu a criação de uma frente democrática "mais ampla para derrotar o pior governo da nossa história"
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247 - Eleito deputado federal com a maior votação do estado de São Paulo, o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos (PSOL), afirmou que é preciso dialogar com a chamada terceira via e com o eleitor que se absteve de votar no primeiro turno.
“Eu acho que a nossa campanha vai ter que dialogar com eleitores que apostaram numa terceira via. Uma parte importante desses eleitores, embora não tenha Lula como primeira opção, rejeita Bolsonaro pelo governo trágico. E fazer um diálogo com eleitores que não foram votar. Uma parte expressiva da abstenção foi em regiões onde o Lula tem votação maior”, disse Boulos sobre o segundo turno em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.
“Acredito que houve uma antecipação de voto útil que diferencia as pesquisas de vésperas e as urnas. Quem era eleitor do Ciro ou da Simone [Tebet] propenso a votar no eleitorado já votou. Eu acredito que a maior parte do eleitorado de Ciro e Simone virá para o Lula”, destacou Boulos mais à frente.
Na entrevista, ele também lembrou “que a esquerda nunca ganhou uma eleição no primeiro turno na eleição presidencial, mesmo quando o Lula saiu do governo com mais de 80% de aprovação. A campanha conquistou 57 milhões de votos, que foi a maior votação de um candidato em primeiro turno. O Lula está seis milhões de votos à frente do Bolsonaro. Então não acho que seja o caso de correções de rota”.
Boulos também avalia que ampliação do leque de alianças no segundo turno, que inclui partidos do centro político, é necessária para criar uma” frente democrática mais ampla para derrotar o pior governo da nossa história. O Lula também sabe perfeitamente que vai ser preciso uma resposta à situação de miséria que o Bolsonaro deixou o Brasil, com 33 milhões com fome, com desemprego alto, inflação, e tenho certeza que o Lula será presidente para cumprir esses compromissos”.
Questionado sobre o impacto do apoio “incondicional” do governador paulista, Rodrigo Garcia (PSDB), ao ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) e a Jair Bolsonaro (PL), Boulos enfatizou que o apoio do tucano “reeditou a farsa do BolsoDoria que nós tínhamos visto já há quatro anos. É lamentável que não entenda os riscos para a democracia. Agora está sofrendo questionamentos dentro do seu próprio partido, imagina do eleitorado. Não acredito que o eleitorado que votou no Rodrigo vá acompanhar essa decisão desastrosa”.
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