Boulos nega "deslealdade" do Psol com o governo Lula e minimiza votação do partido contra urgência do arcabouço fiscal

Deputados do partido são críticos às limitações de gastos em áreas como saúde e educação

Guilherme Boulos
Guilherme Boulos (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)


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247 - 14 deputados da federação Psol-Rede votaram contra o governo na votação do regime de urgência para tramitação do projeto do arcabouço fiscal, irritando parlamentares governistas a ponto de uma ala do PT chegar a questionar o acordo do partido com o deputado Guilherme Boulos para a disputa da Prefeitura de São Paulo. 

Nesta sexta-feira (19), Boulos jogou panos quentes sobre a situação. Em entrevista à emissora GloboNews, ele negou haver “deslealdade” da parte do Psol na votação da urgência do novo regime fiscal. 

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"Líder do governo sabia do voto previamente, não houve surpresa. Vamos trabalhar para melhorar o texto e discutir até terça-feira", disse Boulos, questionado se o partido votaria contra o texto se o relatório não for alterado. 

O arcabouço fiscal proposto pelo governo do presidente Lula acaba com o regime do teto de gastos implementado por Michel Temer, mas vem atraindo críticas de setores da esquerda preocupados com a falta de garantias para o investimento público em áreas como educação e saúde. 

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A urgência do arcabouço fiscal foi aprovada na última quarta-feira (17) por 367 votos a 102. Com isso, o texto não será analisado por nenhuma comissão da Casa e será avaliado pelos deputados diretamente no Plenário.

O texto enviado ao Congresso pelo Ministério da Fazenda definia que em caso de descumprimento da meta fiscal, que terá uma margem de tolerância, o crescimento dos gastos passaria a ser limitado a 50% da alta da receita. O relator da proposta, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), adicionou a essa punição uma série de gatilhos automáticos de ajuste fiscal.

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No primeiro ano de rompimento da meta, o governo ficaria impedido de criar cargos, reajustar auxílios de servidores, criar ou aumentar despesas obrigatórias e conceder ou ampliar benefícios tributários.

Se o descumprimento ocorrer no segundo ano consecutivo, seriam barrados adicionalmente aumento de despesa com pessoal, contratações e realizações de concursos.

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Os gatilhos, pelo relatório, também serão acionados caso as despesas obrigatórias do governo, que incluem salários de servidores e benefícios previdenciários, ultrapassem 95% do total do Orçamento.

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