Boulos espera que novo período do PT e da esquerda como Governo nacional amplie participação social e democratize o poder

No programa Sua Excelência, O Fato da TV 247, pré-candidato do PSOL ao governo de São Paulo falou a articulação que deseja ver entre poder e movimentos sociais

(Foto: Dino Santos/Prefeitura de Diadema | Reprodução)


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247 – Sem deixar de explicar didaticamente como vê o “estado da arte” de uma aliança nacional entre o PSOL e a Rede com a Federação que o PT constrói com PV e PCdoB e tenta manter o PSB no jogo em apoio à candidatura presidencial de Lula – para ele, uma Federação PSOL-Rede deve apoiar o ex-presidente já no 1º turno, como registrado no Brasil 247 na 3ª feira, 22 de fevereiro – Guilherme Boulos explicitou à TV 247, no programa Sua Excelência, O Fato, a forma como espera ver um novo ciclo da esquerda no poder federal ampliar mecanismos de democratização e integração de movimentos sociais.

"Faltou ousadia nos governos (anteriores, federais) do PT para pautar agendas mais diretamente ligadas aos movimentos sociais, fazer a disputa na sociedade para alterar a correlação de forças”, disse ele aos jornalistas Luís Costa Pinto e Eumano Silva, da bancada fixa do programa. E seguiu: “Por exemplo, uma reforma política que estabelecesse mecanismos mais sólidos de participação popular. Que faça com que a governabilidade não se limite a um arranjo na Praça dos Três Poderes entre Executivo e Legislativo”.

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Boulos não vê dificuldades intransponíveis para consolidar essa ampliação da participação popular. “A Constituição prevê isso: plebiscitos e referendos com mais frequência para temas fundamentais, conselhos participativos e deliberativos em várias áreas”, explicou. Para ele, é preciso "aproximar a política das pessoas, democratizar a forma de exercício do poder”. Pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PSOL, porém, deixando claro que pode haver um entendimento da esquerda em torno de uma candidatura única ainda no 1º turno paulista, ele foi além: “Esse debate deveria estar acontecendo na sociedade. Você pode não ter maioria no Congresso para aprovar. Mas, se você travar esse debate na sociedade brasileira, vai construindo um caldo que pode inclusive pressionar o Congresso. E pressionar até para fazer o que ele não quer”. 

Democratizar o poder e ampliar a relação com movimentos sociais: eis um desafio para novo período da esquerda

De acordo com Boulos, o tema da democratização dos meios de Comunicação é exemplo lapidar desse debate. “A Constituição proíbe propriedade cruzada. Proíbe monopólio. E isso é aplicado a céu aberto no País. Você tem de ter uma lei de regulamentação…”, cobrou durante o programa. E seguiu: “Quando se fala desse tema, vem o tacão: é censura! Nada disso. Estamos falando do que os Estados Unidos têm, a Inglaterra tem, a Argentina tem… é uma regulamentação inclusive de mercado, não estamos falando de conteúdo”, asseverou. “Todos os mercados estão sujeitos a uma regulamentação para seu funcionamento e, nesse caso (dos meios de Comunicação), a própria regulamentação constante na Constituição é deliberadamente descumprida”. 

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Para Guilherme Boulos, “temas dessa natureza, que tratam da democratização da sociedade, não foram tocados com a devida importância e a devida ousadia (nos governos do PT em nível federal)”. A partir desse ponto do programa ele deixa claro sua expectativa de relação entre Governo e sociedade em um eventual novo período de Lula no Palácio do Planalto. “Eu espero que no próximo ciclo (de governos de esquerda) a gente possa colocá-los numa centralidade da agenda, porque eles são parte da valorização democrática no Brasil”. E segue: “Não se pode pensar que derrotou Bolsonaro e a Democracia está salva, senão a gente pode ter uma nova surpresa daqui a alguns anos… como quem achava que tinha acabado a ditadura a Democracia estava salva. Democracia é uma conquista permanente e diária. Ela não é uma conquista de uma vez por todas”.

Assista clicando a seguir à íntegra do Sua Excelência, O Fato.

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