Bolsonaro recua, cede ao Congresso e diz que vai sancionar fundo eleitoral de R$ 2 bilhões para não sofrer impeachment
Bolsonaro destacou que a sanção é “uma obediência à lei”, sob pena de incorrer em crime de responsabilidade. "Tenho que preparar a opinião pública. Caso contrário, vocês (imprensa) me massacram, arrebentam comigo”, disse ainda Bolsonaro, que, no fim do ano passado, ameaçava não sacionar o fundo
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BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro indicou nesta quinta-feira que a nova tendência é sancionar uma proposta aprovada pelo Congresso que estabeleceu um valor de 2 bilhões de reais para o fundo eleitoral no ano de 2020, em um recuo em relação a declarações anteriores de que poderia vetar a medida.
Segundo o presidente, o fundo eleitoral é previsto em lei, e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) enviou ofício à Receita Federal com a estimativa do valor a ser repassado este ano, de 2 bilhões de reais.
Bolsonaro destacou que a sanção é “uma obediência à lei”, sob pena de incorrer em crime de responsabilidade previsto na Constituição. Questionado então se iria sancionar, o presidente respondeu, em rápida entrevista na porta do Palácio da Alvorada: “A conclusão é de vocês. Tenho que preparar a opinião pública. Caso contrário, vocês (imprensa) me massacram, arrebentam comigo”.
O presidente também afirmou que já foi publicada a medida provisória que fixou o valor do salário mínimo para este ano em 1.039 reais, e destacou que o valor em 2020 foi acima do que seria caso a política de reajuste do mínimo da época dos governos petistas ainda estivesse em vigor.
Perguntado se todo ano será editado uma medida provisória ou haverá uma política do salário mínimo do seu governo, o presidente afirmou que o assunto teria de ser analisado pela equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes.
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