Bolsonaro quebra hierarquia para tentar autogolpe, avaliam partidos e ministros do STF

Partidos de oposição e ministros do STF avaliaram que a crise militar provocada por Jair Bolsonaro com a demissão de Fernando Azevedo e dos chefes das Forças Armadas foi uma tentativa de provocar anarquia militar e tentar um autogolpe

STF e as Forças Armadas
STF e as Forças Armadas (Foto: Abr)


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247 - Partidos de oposição e ministros do Supremo Tribunal Federal avaliaram que a crise militar provocada por Jair Bolsonaro com a demissão do general Fernando Azevedo e Silva do Ministério da Defesa foi uma tentativa de provocar anarquia militar e tentar, mais à frente, um autogolpe. A informação foi publicada pela coluna de Mônica Bergamo

"O presidente está jogando no quanto pior, melhor", disse o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que participa das discussões sobre o quadro geral da crise. "Ele tenta levar o país para o caos para, a partir dele, tentar dar um golpe de estado. Desestabiliza as PMs, joga na crise social", acrescentou. 

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Um autogolpe dificilmente seria colocado em prática, porque Bolsonaro não tem apoio de empresários, da mídia tradicional, do conjunto das Forças Armadas nem apoio internacional.

De acordo com um texto distribuído a parlamentares de oposição, é necessário cautela na avaliação sobre o que ocorre nas Forças Armadas. "Toda a lambança de Bolsonaro é porque ele não tem os comandos em mãos. E nós [oposição] não podemos jogá-los no colo dele", afirma a mensagem.

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Já o vice-presidente, general Hamilton Mourão, disse não haver risco de ruptura institucional no Brasil.

Demissões

O general Fernando Azevedo e Silva foi demitido do ministério da Defesa. O militar saiu por não apoiar o Estado de Sítio desejado por Bolsonaro, de acordo com o jornalista Ricardo Kotscho.

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O agora ex-membro do governo disse a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que as Forças Armadas não irão se inclinar a eventuais medidas autoritárias do governo.

O novo ministro da Defesa, Walter Braga Netto, demitiu nesta terça-feira (30) os três comandantes das Forças Armadas, Edson Leal Pujol (Exército), Ilques Barbosa (Marinha) e Antônio Carlos Bermudez (Aeronáutica). 

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Pujol foi afastado após não se manifestar sobre a decisão judicial que anulou as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no início do mês.

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