“Bolsonaro está conseguindo escapar do impeachment”, diz Altman
Para o jornalista, as manifestações carecem de intensidade para “encurralar” o governo e a conjuntura política, após novas alianças com o Centrão, solidifica o apoio no Congresso. “Somado isso à possibilidade de executar políticas sociais compensatórias, ele poderá se recuperar e adquirir competitividade para 2022”, diz à TV 247. Assista
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247 - O jornalista Breno Altman, em entrevista à TV 247, avaliou que Jair Bolsonaro vem sendo bem-sucedido em se livrar de um processo de impeachment. Com a retomada da economia e a consequente abertura de espaço no Orçamento para novos programas sociais, a candidatura de Bolsonaro para as próximas eleições pode ganhar mais força, avaliou.
“O impeachment tem data. Chegou em novembro, não tem mais impeachment. Somando isso à possibilidade de executar políticas sociais compensatórias, ele poderá se recuperar e adquirir competitividade para 2022. Esse é o plano dele”, disse.
O jornalista reforçou que as manifestações pelo impeachment de Bolsonaro ainda não surtiram efeito. Além disso, a conjuntura política, após novas alianças do governo com o Centrão, torna sua retirada do poder improvável.
“O Bolsonaro não age de uma maneira desesperada, ele tem um plano estratégico, já que se trata de uma operação de curto prazo: é não ir a nocaute, comprar tempo. Ele não está sendo mal-sucedido. Primeiro, porque o nível de mobilização social ainda não é suficiente para encurralá-lo. Segundo, porque o Centrão de forma alguma dá sinais de querer o impeachment do Bolsonaro. Pelo contrário, se alia ao Bolsonaro e busca arrancar espaço, verbas, cargos para poder ampliar a sua própria força. E a oposição de direita, ao contrário de seguir numa linha de radicalização do enfrentamento ao Bolsonaro, como propunham certos setores, arrefeceu o fogo contra Bolsonaro. Basta repararmos no comportamento do PSDB, do DEM, do PMDB…”, analisou.
“Neste cenário, o Bolsonaro está escapando do risco principal, que é o impeachment. E ele apostará na sua recuperação política a partir de outubro, novembro. É esse seu jogo. A própria pandemia está arrefecendo, estamos já com menos de mil mortes por dia, pela primeira vez desde janeiro. Não demorará muito para estarmos abaixo das 500 mortes por dia. Aí o País terá uma certa situação de alívio, que o Bolsonaro calcula que irá beneficiá-lo”, completou.
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