Bolsonaro diz que levou "facada nas costas" após TSE torná-lo inelegível

O TSE decidiu nesta sexta-feira, por 5 votos a 2, tornar Bolsonaro inelegível na ação a que responde pela reunião com embaixadores

Plenário do TSE e Jair Bolsonaro
Plenário do TSE e Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS)


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(Reuters) - O ex-presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira (30) que levou uma "facada nas costas" após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) torná-lo inelegível por 8 anos por abuso de poder político ao se utilizar de seu cargo e da estrutura da Presidência da República para, em reunião com embaixadores, levantar suspeitas infundadas contra o sistema eleitoral brasileiro.

Visivelmente contrariado, Bolsonaro alegou que sempre agiu "dentro das quatro linhas" da Constituição e afirmou que sua intenção era apenas a de dar mais "camadas de segurança" ao pleito eleitoral, destacando que já defendia o voto impresso desde quando ainda era deputado federal.

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"Hoje vivemos aqui uma inelegibilidade. Não gostaria de me tornar inelegível. Na política -- essa frase não é minha -- ninguém mata, ninguém morre", disse Bolsonaro a jornalistas em Belo Horizonte, lembrando do atentado que sofreu nas eleições de 2018 em evento eleitoral.

"Levei uma facada na barriga (em 2018), e hoje levei uma facada nas costas por abuso de poder político."

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Questionado sobre eventual sucessor na disputa política nacional, Bolsonaro disse que ainda não há um nome e criticou a possibilidade de haver uma vitória eleitoral no campo dos seus adversários em 2026 por "WO", termo do esporte para quando um time vence quando o adversário não se apresenta ou se apresenta com número insuficiente.

"Eu acho que o Brasil fica de luto -- alguém vai soltar fogos, obviamente", avaliou o ex-presidente.

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"A gente vai continuar trabalhando... não é o fim da direita no Brasil."

Bolsonaro disse acreditar que foi julgado por investigações que ainda não foram concluídas -- caso dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro --, e não pela reunião com embaixadores, foco central do caso. O ex-presidente alegou que não teve participação nos protestos bolsonaristas contra os resultados das eleições.

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Ele aproveitou ainda para acusar o TSE de ter trabalhado contra ele durante o período eleitoral ao proibir que ele utilizasse o a estrutura pública do Palácio do Alvorada para fazer suas tradicionais lives em redes sociais, ou de utilizar imagens e vídeos de evento oficial do 7 de Setembro para o qual convidou seus apoiadores nos programas eleitorais, por exemplo.

O TSE decidiu nesta sexta-feira, por 5 votos a 2, tornar o ex-presidente inelegível na ação a que responde pela reunião com embaixadores.

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