Bolsonaro ataca Argentina e Venezuela, em mais um dia de campanha

Ao participar de cerimônia na Academia Militar das Agulhas Negras, ele defendeu sua própria reeleição para defender a "liberdade" e disse que os dois vizinhos do Brasil na América do Sul estão "enveredando por outro caminho"

Reuters/Ueslei Marcelino
Reuters/Ueslei Marcelino (Foto: Reuters/Ueslei Marcelino)


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(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro disse neste sábado aos cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em cerimônia de entrega de espadins, que eles “têm tudo para amanhã” ser os comandantes do Brasil e desejou estar em 2023 junto aos alunos para a conclusão do curso na escola militar, sem deixar claro se falava de estar no evento ainda como presidente ou não.

“Faltam ainda três anos e pouco pela frente. Eu peço a Deus estar aqui com vocês em 2023 para participar de uma cerimônia bem maior, que é o final da nossa Aman, a nossa Espada de Caxias”, disse Bolsonaro durante a cerimônia.

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O mandato de Bolsonaro vai até o final de 2022, e o presidente já indicou várias vezes que pretende buscar a reeleição para mais quatro anos.

Os cadetes recebem no primeiro ano de curso na Aman uma réplica reduzida da espada invicta do patrono do Exército Brasileiro, Duque de Caxias. Ao final do período na escola militar, que dura quatro anos, os alunos recebem a espada oficial do Exército.

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“Vocês serão nós amanhã. A vocês confiamos o destino da nação... Vocês têm tudo para amanhã ser chefes dessa nação como hoje eu sou”, afirmou Bolsonaro no evento, em que estava acompanhado do vice-presidente Hamilton Mourão, do ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, e do ministro da Defesa, Fernando Azevedo, todos generais da reserva do Exército.

No discurso, Bolsonaro voltou a fazer críticas a países que, segundo ele, estão “enveredando por outro caminho” em termos de liberdades, limitando-se a falar de nações “ao sul” e “ao norte”, sem citar nominalmente Argentina e Venezuela, seus alvos usuais.

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