Blindado pela Lava Jato, FHC vê exageros contra Lula, mas mesmo assim defende sua prisão
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que chegou a escrever mensagem pedindo dinheiro a Marcelo Odebrecht e mesmo assim foi blindado pela Lava Jato, voltou a explicitar seu desejo de que o ex-presidente Lula siga preso, mesmo admitindo que ele foi alvo de preconceitos e exageros
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 – O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso voltou a explicitar seu recalque em relação ao ex-presidente Lula, ao defender sua prisão mesmo admtindo que ele foi alvo de preconceito e de exageros por parte da Lava Jato. "Acho que a Lava-Jato exagerou. Que tenha havido algum preconceito contra o Lula e contra o PT, é possível. As pessoas têm preconceito contra mim, contra você... Mas a Justiça julga fatos. Já fui depor três vezes como testemunha do Lula, a pedido dos advogados dele. Ele foi condenado porque há fatos. Não gosto de ver o Lula preso, mas respeito a Justiça. Ele foi condenado em várias instâncias. Eu lamento. Historicamente, era melhor que não tivesse ocorrido. Mas ocorreu, o que eu vou fazer?", questionou, em tom fatalista, na entrevista concedida a Bernardo Mello Franco.
"Eles podem ter errado? Podem. Pode haver uma visão jacobina? Pode. Isso é bom? Não. Mas não podemos desmerecer a Lava-Jato. Mesmo que tenha exagerado aqui e ali, ela conseguiu prender gente rica e poderosa, o que é uma coisa difícil no Brasil. Especialmente nos governos do PT, houve muita transigência no sentido de se usar dinheiro público, via empresas, para fins partidários. Isso é corrupção da democracia. Tão ou mais grave que a corrupção pessoal. É inaceitável", afirmou ainda FHC, que escreveu mensagem pedindo dinheiro para Marcelo Odebrecht e foi claramente blindado pela Lava Jato.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247