Benedita da Silva: sem mobilização popular, a esquerda nunca terá maioria
“Fui Constituinte e éramos minoria na época, mas existia uma força muito grande que era a dos movimentos sociais”, lembra a deputada federal no 7º Encontro de Assinantes do 247. Ela defendeu a mobilização popular para que a esquerda consiga aprovar suas pautas no Congresso. Assista
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247 - Ex-ministra e ex-prefeita do Rio de Janeiro, atualmente uma das deputadas federais mais atuantes na oposição ao governo, Benedita da Silva (PT-RJ) falou no 7º Encontro de Assinantes do 247, em Niterói, no último sábado 26, sobre a importância do apoio da mobilização social para que a esquerda possa formar maioria no Congresso para aprovar suas pautas e ideias.
Benedita recordou que, ao formular a Constituição de 1988, a esquerda também não tinha maioria no Congresso. Porém, com o apoio da mobilização da sociedade, foi possível construir uma Constituição que também abordasse questões com o olhar da esquerda.
“Fui constituinte e éramos minoria na época, mas existia uma força muito grande que era a dos movimentos sociais. O Brasil se apresentou naquele momento com suas demandas e, diante daquilo, nós conseguimos ser vitoriosos, a ponto de fazer uma Constituição, claro, não dos nossos sonhos, mas dentro da nossa correlação de forças, apoiada pelo movimento social. Sem essa sociedade organizada em uma militância, em uma mobilização, a esquerda nunca vai ter uma maioria”.
Ela ressaltou que o cenário atual é o mesmo de 1988, no qual a esquerda precisa de apoio popular para formular uma maioria. “Nesse momento vendo o fascismo se instalar no país, é preciso que a gente possa entender aquele processo que é o mesmo. Não somos maioria, mas temos que ter esse movimento político que é da sociedade, dos movimentos sociais, dos trabalhadores, das mulheres, dos LGBTs, dos negros, dos indígenas, dos religiosos e não religiosos. Precisamos ter para que a gente possa ter força e energia porque o projeto que nós estamos enfrentando hoje vai muito além do Congresso Nacional. Se nós já tivéssemos entendido, teríamos tido uma outra estratégia para combater esse fascismo que se instalou no país”.
Em sua fala, a deputada do PT, que é evangélica, também falou sobre a importância de a esquerda se aproximar desse público e lutar contra o fundamentalismo religioso, e alertou sobre a urgência de debater a prisão política do ex-presidente Lula e defender sua soltura e inocência.
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