Auxílio Brasil não melhorou intenções de voto de Bolsonaro, avalia cientista político
"Essa evidência é muito clara de que esse tipo de política não funcionou para os efeitos eleitorais que o governo esperava", disse Felipe Nunes, diretor da Quaest
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247 - O cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest, afirma que o Auxílio Brasil não melhorou a avaliação de Jair Bolsonaro (PL). "O impacto (eleitoral) é zero, ou seja, não tem nenhuma diferença estatisticamente significativa na avaliação do governo Bolsonaro quando a gente compara as pessoas que recebem o auxílio com as pessoas que não recebem", disse. "Essa evidência é muito clara de que esse tipo de política não funcionou para os efeitos eleitorais que o governo esperava", acrescenta. Os relatos dele foram publicados nesta segunda-feira (4) em reportagem da BBC.
De acordo com a pesquisa da Quaest de junho, 51% dos beneficiários têm uma avaliação negativa do atual governo, contra 47% dos que não recebem o auxílio.
O analista afirma que, se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continuar na frente no estado de São Paulo, principal colégio eleitoral do País, as chances de ele vencer a disputa no primeiro turno aumentam.
Segundo Nunes, se o Bolsonaro "não for capaz de virar o jogo em São Paulo com uma mínima margem à frente do Lula, é muito difícil que o cenário nacional seja diferente (do que apontam as pesquisas hoje), porque, sem vencer em São Paulo, o maior colégio eleitoral do Brasil, o PT foi capaz de ganhar (a eleição presidencial de) 2006, 2010, 2014. Imagine o que significa o PT ter vantagem nesse estado".
"Não há uma rejeição do mercado financeiro a uma possível continuidade do Bolsonaro, mas, hoje, o meu sentimento é que eles preferem que o Lula volte ao governo, principalmente pela questão da estabilidade política que ele poderia gerar", complementa.
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