Após Lula manter Daniela no Ministério do Turismo, Sabino diz que assume a pasta em sete dias
Deputado federal Celso Sabino teria passado a informação durante uma reunião da bancada do União Brasil
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247 - O deputado federal Celso Sabino (União Brasil-PA) revelou em uma reunião da bancada do partido na Câmara, ocorrida na terça-feira (13), que o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), teria lhe assegurado que ele assumirá o Ministério do Turismo em até sete dias, substituindo a deputada federal Daniela Carneiro (RJ).
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a promessa teria sido feita após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) receber Daniela e seu marido, o prefeito de Belford Roxo, Waguinho Carneiro (Republicanos), para uma conversa no Palácio do Planalto, pela manhã.
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Na manhã da terça-feira, Lula combinou com Daniela que aguardaria um acordo com o União Brasil antes de oficializar o futuro da pasta. O marido de Daniela vinha pressionando nos últimos dias contra a perda do ministério e viajou a Brasília nesta terça-feira para negociar a saída da esposa. Waguinho chegou a afirmar que seria covardia substituir uma aliada mulher por um "bolsonarista". Lula é grato ao casal pelo apoio recebido durante a eleição passada na Baixada Fluminense, região onde Jair Bolsonaro (PL) obteve a maior quantidade de votos.
Ao encerrar a reunião com cerca de 50 deputados do União Brasil, o líder do partido, Elmar Nascimento (União Brasil-BA), afirmou que a troca no ministério seria feita no tempo determinado pelo governo. "Não vamos pressionar ninguém. O governo sabe qual é a melhor maneira de realizar a substituição", declarou Elmar, que mantém uma boa relação com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Elmar chegou a ser cogitado para o ministério de Lula, mas foi vetado pelo PT devido à sua posição adversária na Bahia.
A equipe de Sabino trabalha com a expectativa de que ele assuma o Ministério do Turismo até o final da próxima semana. A cobrança do partido por essa pasta aumentou após a insatisfação generalizada da base aliada do Congresso em relação aos ministros responsáveis pela articulação política, Rui Costa (Casa Civil) e Padilha.
Além disso, o União Brasil intensificou suas demandas pela entrega do ministério porque Daniela e Waguinho estão deixando o partido. Nascimento afirma que o governo reconhece que a bancada do União Brasil na Câmara não foi contemplada com ministérios na formação do governo.
Daniela recorreu à Justiça Eleitoral para garantir o direito de se filiar ao Republicanos sem correr o risco de perder seu mandato para o União Brasil. Por essa razão, ela passou a ser tratada como uma ministra da cota pessoal de Lula, embora tenha sido nomeada no governo com a expectativa de garantir a fidelidade dos parlamentares de seu partido, o qual foi eleita.
Nesta terça-feira, após participar de uma audiência na Comissão de Turismo da Câmara, a ministra afirmou sua lealdade a Lula, mesmo estando em uma situação complicada. Ao ser questionada pelos jornalistas, Daniela negou a possibilidade de sair da base de apoio a Lula. Ela afirmou: "Não, jamais. Somos Lula até o fim".
Além da mudança no Ministério do Turismo, os deputados do União Brasil também estão pressionando pela nomeação de membros do partido na Embratur, órgão responsável pela promoção do turismo no Brasil e no exterior. Atualmente, a agência está sob o comando de outro aliado do presidente, o ex-deputado federal Marcelo Freixo, que era do Psol e migrou para o PT. Freixo tem sido procurado por parlamentares do União Brasil interessados em apresentar emendas para a autarquia.
No entanto, há dúvidas na base aliada sobre se o União Brasil vai garantir meso mais votos favoráveis ao governo na Câmara se as mudanças no Ministério do Turismo e na Embratur forem concretizadas. Ao ser questionado sobre o apoio às pautas do governo, Elmar afirmou apenas que o arcabouço fiscal foi aprovado com votos favoráveis de 54 dos 59 deputados do partido.
Atualmente, o União Brasil possui três ministérios - Turismo, Desenvolvimento Regional e Comunicações -, mas se tornou o principal foco de dificuldades do governo no Congresso.
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