Ao menos 20 delegados foram trocados de cargo na PF no governo Bolsonaro
As mudanças continuam mesmo em meio a uma investigação que se arrasta há mais de um ano no STF sobre suspeita de interferência política de Bolsonaro na corporação
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247 - O governo Bolsonaro já acumula ao menos 20 mudanças de cargo na Polícia Federal - todos em posição de chefia - por divergências políticas. A última troca foi a da delegada Dominique de Castro Oliveira do escritório da Interpol. Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, outro motivo para o troca-troca na PF são investigações que desagradam o Planalto e os interesses do clã.
“Fiz algum comentário que contrariou. Qual foi, quando, para quem, em que contexto e ambiente, não sei”, disse Dominique, em mensagem encaminhada aos colegas. “Há uma forte sensação de revolta e de estar sendo injustiçada”, escreveu. A delegada atuava há 16 meses na Interpol, cargo de indicação da direção.
Para os delegados as intervenções não encontraram precedentes, tirando de cena experientes quadros com histórico de participação em importantes investigações.
Dominique, por exemplo, era crítica à gestão do delegado-geral, Paulo Maiurino. Ela assinou manifestação pública a favor do delegado Felipe Barros Leal, afastado do inquérito que investiga suposta interferência política de Bolsonaro na PF.
Nem as investigações no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre suspeita de interferência política do de Bolsonaro na corporação (que se arrastam há um ano e meio) foram capazes de parar as mudanças na instituição.
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