Altman: é preciso qualificar o impeachment de Bolsonaro
O jornalista Breno Altman defende que as forças progressistas devem centrar forças na aprovação da 'PEC Miro Teixeira', para que seja possível a convocação de novas eleições. Assista na TV 247
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247 - O jornalista Breno Altman, em análise à TV 247, avalia que, a princípio, o impeachment não é a saída que interessa às forças progressistas, pois é a simples troca de Jair Bolsonaro por Hamilton Mourão, vice-presidente, e defende como alternativa a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 227/2016 “Miro Teixeira”.
“Essa PEC diz que, toda vez que um presidente for afastado, desde que lhe restem mais seis meses de mandato, serão convocadas novas eleições presidenciais”, lembra ele.
“A esquerda deve pedir o Fora Bolsonaro, mas centrando fogo na PEC Miro Teixeira, que é uma nova emenda Diretas Já, pois cria a condição de afastar Bolsonaro nos moldes das eleições”.
Sergio Moro
O jornalista avalia que, com a demissão de Sergio Moro, Bolsonaro corre “para evitar a sangria”. “O Moro pode significar um ganho para direita tradicional e um esvaziamento da extrema-direita”, elucida.
Ele levanta alguns questionamentos a respeito do futuro político de Moro. “O Moro daqui a quatro, cinco meses, ainda representará um quarto da base bolsonaraista? Doria ou Witzel, representantes da direita tradicional, darão espaço a ele?”.
O jornalista também considera que a mudança na coordenação da PF “mostra que Bolsonaro quer centralizar todos os aparatos repressivos sob seu comando”. “Na prática, ele coloca agora todos os setores de inteligência no comando do general Augusto Heleno”.
Pandemia
Em sua avaliação, o afrouxamento do isolamento social sem testagem massiva “colocará em risco estados como São Paulo, Distrito Federal e Ceará”.
Ele também alerta que São Paulo segue o modelo estadunidense. “Majoritariamente, os pobres e negros morrem, pois não possuem acesso a sistemas de saúde sofisticados”.
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