Altman: Bolsonaro governa em duas estradas paralelas, do autogolpe e da pactuação

O jornalista Breno Altman avalia que Jair Bolsonaro “dirige em duas estradas conforme suas necessidades táticas” e que “até mesmo para constituir condições para um autogolpe, ele precisará de mais apoio do Legislativo e do Judiciário”

Breno Altman e Jair Bolsonaro
Breno Altman e Jair Bolsonaro


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247 - O jornalista Breno Altman avalia que Jair Bolsonaro “dirige em duas estradas conforme suas necessidades táticas”, referindo-se aos flertes com o autogolpe e a seus acenos à direita tradicional em nome da governabilidade.

“Ele vai para a estrada do autogolpe, cria a crise, depois recua e troca de pista, recua, repactua, busca melhorar suas condições de governabilidade. É normal essa oscilação dele com o autogolpe e a repactuação com a  direita tradicional”, analisa, em participação na TV 247. 

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“Bolsonaro atua simultaneamente em dois planos. Ele usa a tensão golpista para amaciar a direita tradicional e vai esticando a corda para obter concessões e repactuações com quem controla as outras duas instituições, o poder Judiciário e o Legislativo”, prossegue Altman. 

Segundo Altman, Bolsonaro sabe que, “até mesmo para constituir condições para um autogolpe, ele precisará de mais apoio do Legislativo e do Judiciário”. “Por isso ele usa a carta do golpismo para domesticar a direita tradicional, para arrancar acordos e obter aliados”, acrescenta. 

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Altman considera que Bolsonaro não fez nenhuma aparição pública durante o fim de semana passado, algo que já é praxe aos domingos, pois “não quis medir forças com as mobilizações dos setores progressistas”. 

“Ele percebeu que perderia esse jogo se estivesse empenhado em mobilizações”, acrescenta ele. 

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Rumos da esquerda

Questionado a respeito dos rumos da esquerda, Altman considera que “deve-se marchar cautelosamente, mas sempre adiante”. “É necessário reconstituir a capacidade de mobilização do campo popular, com a cautela necessária por conta da pandemia. Temos que agir com cuidado para que as forças populares não caiam na armadilha de serem cúmplices de um problema de saúde pública que acabe as desgastando politicamente”, elucida. 

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Ele ressalta que o grande desafio é transformar os 70% de oposição a Bolsonaro “de uma maioria silenciosa contra para uma maioria mobilizada”. 

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