Aliado de Bolsonaro que tramou golpe com Mauro Cid irá depor no inquérito que investiga o assassinato de Marielle
Ailton Barros afirmou em mensagem saber “dessa história da Marielle”: “sei quem mandou. Sei a p*** toda”
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247 - A Polícia Federal decidiu convocar o ex-major do Exército Ailton Barros para prestar depoimento no inquérito que investiga o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, informa a CNN. Em mensagem enviada por ele ao tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), ele diz saber que encomendou o crime.
Nas mensagens captadas pela Polícia Federal, Barros afirma saber quem foi o mandante do assassinato da vereadora do Psol do Rio de Janeiro, ocorrido em 2018 e que até o momento não foi solucionado. Embora Barros não tenha mencionado o nome do mandante do crime nas mensagens, a PF está interessada em ouvi-lo para esclarecer o que ele sabe. Todo o conteúdo da mensagem foi relatado aos delegados da PF no Rio que investigam o caso Marielle como prioridade, a pedido do ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), que afirmou que resolver o caso é uma "questão de honra".
“Eu sei dessa história da Marielle, toda irmão, sei quem mandou. Sei a p*** toda. Entendeu? Está de bucha nessa parada aí”, disse Barros ele em uma mensagem captada pela PF.
A data do depoimento ainda não foi agendada. Até o momento, a defesa de Ailton Barros não foi localizada para comentar sobre o assunto.
>>> PF diz ao STF que Mauro Cid é elo entre Bolsonaro e milicianos
Ailton Barros foi preso na quarta-feira (3) durante uma operação da Polícia Federal que investiga um esquema de falsificação de dados de vacinação contra a Covid-19, supostamente envolvendo Jair Bolsonaro (PL) e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que também foi preso.
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