Alckmin sobre condenação de Bolsonaro: “ninguém está acima da lei”
"Decisão judicial se respeita e se cumpre", afirmou o vice-presidente depois que o ex-ocupante do Planalto perdeu os direitos políticos
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247 - O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, comentou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que nesta sexta-feira (30) tornou Jair Bolsonaro (PL) inelegível por oito anos por abuso de poder político.
Em conversa com jornalistas após agenda em Curitiba (PR), Alckmin disse que "ninguém está acima da lei". "Decisão judicial se respeita e se cumpre. Ninguém está acima da lei. Se alguém achou que estava acima da lei, na democracia a lei é respeitada e na República todos estão sob a lei", disse.
O ex-ocupante do Planalto foi acusado de abuso de poder após a TV Brasil transmitir a reunião de Bolsonaro com embaixadores no ano passado, quando afirmou sem provas que o sistema eleitoral brasileiro não é confiável.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, prometeu pedir legalmente uma indenização pelos danos à União e à sociedade.
Durante o seu governo, Bolsonaro fez ataques verbais a ministros do TSE e do Supremo Tribunal Federal. A intenção dele era passar para a população a mensagem de que o Poder Judiciário atrapalhava a administração federal. Ele também defendeu a participação das Forças Armadas no resultado das eleições.
Críticas à Justiça é uma das estratégias do norte-americano Steve Bannon, que tentou fazer partidos de direita chegaram ao poder nos Estados Unidos e em outros países. Em janeiro de 2021, quando o então presidente Donald Trump (Partido Republicano) perdeu a eleição, vários apoiadores invadiram o Legislativo e acusaram o sistema eleitoral de ser fraudulento.
Bannon, que foi estrategista do ex-chefe da Casa Branca (EUA), teve um encontro com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos EUA após o segundo turno da eleição no Brasil e aconselhou o parlamentar a questionar o resultado.
Em novembro do ano passado, o TSE aplicou uma multa de R$ 22,9 milhões ao PL por causa dos ataques às urnas eletrônicas feitos por membros do partido.
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