Ala do STF quer usar caso Coaf para impor limites a procuradores

Julgamento no STF sobre o uso de relatórios do Coaf em investigações, que acontece na próxima quarta-feira (20), pode estabelecer uma linha severa para disciplinar o compartilhamento de informações com o Ministério Público

(Foto: Reuters)


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247 - As críticas feitas por procuradores à notícia de que o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, havia requisitado dados bancários de quase 600 mil pessoas causaram mal-estar no tribunal. "Magistrados passaram a defender que o caso seja explorado para estabelecer novos limites e inaugurar uma relação mais rigorosa com o Ministério Público", informa Bruno Boghossian neste domingo (17).

Com isso, no julgamento do Supremo sobre o uso de relatórios do Coaf em investigações, marcado para a próxima quarta-feira (20), Flávio Bolsonaro passa a ser coadjuvante. "Agora, o caso deve se tornar um novo capítulo da guerra cada vez mais tensa entre a corte e o Ministério Público", conta Boghossian.

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Integrantes do Supremo afirmam que o tribunal deve aproveitar o julgamento para antecipar recados que vêm sendo gestados há meses na corte.

"Uma resposta seria o estabelecimento de uma linha severa para disciplinar o compartilhamento de informações com o Ministério Público. Procuradores dizem que essa medida prejudicaria as investigações, mas parte dos ministros do STF está convencida de que os relatórios do Coaf eram feitos sob encomenda, para burlar o sigilo bancário. A irritação no tribunal também pode turbinar os anseios de uma ala da corte que pretende reprimir eventuais abusos praticados por órgãos de investigação", diz o jornalista.

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