Agenda irrelevante de Bolsonaro nos EUA irrita aliados no Brasil

"O ex-presidente está pouco a pouco retomando a sua antiga rotina de deputado federal", disse político próximo de Bolsonaro

Bolsonaro com o assessor Max Guilherme no departamento de polícia de Oklahoma
Bolsonaro com o assessor Max Guilherme no departamento de polícia de Oklahoma (Foto: Reprodução/Instagram)


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247 - As agendas públicas que Jair Bolsonaro (PL) está fazendo nos EUA têm irritado um grupo de aliados, que avaliam que o ex-presidente descumpriu o que havia acertado sobre se preparar para seu retorno ao Brasil, informa Juliana Dal Piva, em sua coluna no UOL. 

A expectativa era que o ex-ocupante do Planalto reforçasse uma "imagem de estadista" para iniciar um processo de "liderar a oposição".

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Interlocutores do ex-presidente no Brasil ficaram frustrados ao ver que ele continua a fazer visitas consideradas "irrelevantes" e "menores". 

A avaliação é que Bolsonaro se deixa influenciar pelo grupo que o cerca nos EUA, formado por assessores de formação militar e com pouca bagagem política. Na opinião de aliados ouvidos pelo UOL, o ex-presidente está pouco a pouco retomando a sua antiga rotina de deputado federal.

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Entre os episódios que causaram incômodo, está a visita de Bolsonaro ao departamento de Polícia de Oklahoma, nos EUA, na quarta-feira (23). "Não tem como dar certo", disse ao UOL um aliado do ex-presidente.

Na sexta-feira (24), Bolsonaro apareceu em imagens junto com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o ex-ministro do Turismo Gilson Machado e Tércio Arnaud Thomaz, assessor especial de Bolsonaro e um dos integrantes do chamado "gabinete do ódio". Machado chegou a postar a imagem dizendo que o grupo ia para uma "missão" em Nashville, no Tennessee.

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A data de volta ao Brasil é incerta. Bolsonaro disse duas vezes em meados de fevereiro que pretendia voltar ao Brasil nas próximas semanas. Ao jornal americano The Wall Street Journal ele afirmou que deve retornar em março.

O jornalista Joaquim de Carvalho, do Brasil 247, revelou neste sábado que Bolsonaro enviou mensagem a um grupo restrito de aliados, em que considerou "armadilha" a declaração em off de ministros do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça de que não seria preso depois de retornar.

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Bolsonaro cogita voltar ao Brasil apenas se houver mudança de cenário e cogita pedir asilo nos Estados Unidos, onde conta com apoio de uma extensa rede de extrema direita.

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