Aécio estreia na tribuna em discurso com pouco brilho
Principal nome do PSDB para a eleio de 2014, senador mineirobate no PT, mas concilia com o governo Dilma; Serra assistiu
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247 – Mineiro, o senador Aécio Neves, do PSDB, estreou na tribuna do Senado. O plenário ficou lotado. Ele é, afinal, o favorito a ser o candidato tucano à Presidência da República em 2014. Falou contados 30 minutos, com direito ao ex-governador José Serra na platéia. Se alguém esperava um tiro de canhão, porém, ouviu um traque. “Estarei como homem do diálogo, como sempre fui, que não teme o enfrentamento e o debate nem as oportunidades de convergência”, disse Aécio, que igualmente proferiu a frase: “Não confundo agressividade com firmeza”. Passou o recado, assim, de que, nesses primeiros momentos do governo da presidente Dilma Rousseff, não será ele quem vai dar o primeiro tiro.
Fiel ao seu estilo pendular, que por momentos é mais agressivo e, em outros, bastante conciliador, ele atacou em direção ao partido do governo. “Entre o interesse do país e do partido, o PT escolheu o do PT", cravou. Aécio listou momentos importantes da história do país, como a eleição de seu avô Tancredo Neves, em 1984, e a criação do real, afirmando ter apoiado cada um dos casos. "Nossos adversários, não". Ele fez uma menção velada ao governo do presidente Lula, quando o número de funcionários públicos aumentou. "Não é interesse do país que o poder federal patrocine o grave aparelhamento e o inchaço do Estado brasileiro, como nunca antes se viu na nossa história", cutucou, fazendo referência ao tradicional bordão do ex-presidente Lula. O governo do PT, no entanto, foi apoiado por Aécio por ter dado “continuidade à política econômica”.
Aécio criticou a interferência do governo na escolha do novo presidente da Vale e disse que a atual administração teve de cortar R$ 50 bilhões em investimentos em razão da “farra fiscal” ocorrida nos últimos dois mandatos. Ele afirmou que, “cessadas as paixões da disputa eleitoral, o Brasil precisa de um choque de realidade”. Se propôs a ser uma voz para combater o “continuísmo das graves contradições”.
Ao final, o líder do PT no Senado, Humberto Costa, aplaudiu o pronunciamento. “Ele é o melhor quadro da oposição”, classificou. O líder do DEM, Demóstenes Torres (GO), afirmou que Aécio fez um "discurso de estadista", a ponto de a base aliada "já considerar a hipótese de ele se tornar presidente da República em 2014". O ex-governador Serra afirmou que o discurso de Aécio é uma “contribuição para traçar um rumo” para a oposição.
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