A faxina é longa, Dilma. Próximo endereço: ANP

Funcionrios da Agncia Nacional do Petrleo, comandada por Haroldo Lima, do PC do B,exigem propina paraacelerar processos internos; Dilma vai seguir com a limpeza no Estado?



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247 – A presidente Dilma Rousseff ainda nem terminou a ”faxina” no Ministério dos Transportes e já surge um novo escândalo. Agora, o endereço é a Agência Nacional do Petróleo, órgão responsável por zelar pelas licitações de novas áreas de exploração e pelo registro das distribuidoras que vendem gasolina no País.

Em reportagem de capa, publicada nesta semana, a revista Época qualifica a ANP como ”Agência Nacional da Propina”. Não é exagero. A revista obteve vídeos e cópias de cheques que comprovam a prática de suborno e extorsão no órgão.

A protagonista da trama é a advogada Vanuza Sampaio, que tem grande volume de processos na agência. Vanuza filmou dois funcionários da ANP – Antônio José Moreira e Daniel Carvalho de Lima – que lhe cobram descaradamente uma propina de R$ 40 mil para fazer andar um processo na agência, referente à empresa Petromarte, cliente da Vanuza.

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Em outro vídeo, os mesmos funcionários orientam a advogada a tentar achacar a empresa Rodonave, outra distribuidora de combustíveis. ”É para arrancar dinheiro mesmo?”, ela indaga.

Os dois principais homens da ANP, o presidente Haroldo Lima e o diretor Edson Silva, foram indicados pelo PC do B, que não deram explicações sobre o novo escândalo. Nos vídeos, os dois funcionários da agência orientam a advogada Vanuza a tentar achacar três distribuidoras que detinham registro apenas provisório na ANP: Flexpetro, Nova Gasoil e Comos Distribuidora. Cada uma deveria pagar R$ 50 mil em propina para acelerar os processos.

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Os assessores que pedem as propinas à advogada dizem agir, nos vídeos, a mando de Edson Silva, diretor de Abastecimento. É ele quem concede os registros para todas as distribuidoras que funcionam no País – e se a ANP tiver mesmo virado um grande balcão de negócios, é bastante provável que os casos frequentes de combustíveis adulterados tenham relação direta com os esquemas de corrupção.

O escândalo também cria um constrangimento para o ministro da Defesa, Nelson Jobim. Ele revela que o antecessor de Edson Silva, Roberto Ardenghy, indicado por Jobim, também se valia do cargo para extrair benefícios pessoais. Investigado pela Polícia Federal, Ardenghy recebia suas propinas na conta de um bar, no Rio de Janeiro.

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Num dos vídeos, é também citado o nome de Victor Martins, ex-diretor da ANP e irmão do ex-ministro Franklin Martins. ”A mulher dele é que está rica”, diz a advogada Vanuza, que entregou os documentos ao Ministério Público Federal em 2008.

Se o motor do seu carro, nos próximos dias, apresentar problemas, saiba que isso ser fruto da corrupção instalada na ANP.

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