Viagem barata: países onde o real vale mais são opções para turistas



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É preciso considerar fatores como poder de compra, numerários e convenções de cada cultura.

Viagem barata: países onde o real vale mais são opções para turistas

Países em que a moeda local vale menos que o real podem ser alternativas de viagem ao turista brasileiro que deseja economizar. Contudo, é preciso levar em consideração alguns fatores como poder de compra, numerários e convenções culturais. Isso porque nem sempre destinos que têm uma moeda menos valorizada que o real são, necessariamente, mais baratos.

Para o planejamento de uma viagem internacional é preciso ter em mente alguns fatores elementares, como o custo de vida em cada país. Isso significa pensar em questões corriqueiras, como o preço do transporte público ou os valores médios das refeições. 

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O Chile, por exemplo, conhecido como um destino de aventura – que abriga lugares famosos como a patagônia chilena e o Deserto do Atacama – tem uma moeda local que vale, a princípio, menos que o real. Na conversão, R$ 1 equivale a 170,65 pesos chilenos. Quando pesquisadas hospedagens, refeições e passagens, o Chile se mostra como um destino não muito barato, mesmo com a diferença da moeda. 

Uma dica geral para os viajantes é pagar os hotéis em dólar ou com cartão de crédito, pois alguns deles oferecem descontos do Imposto sobre Valor Agregado (IVA). É importante fazer o planejamento antecipado e avaliar se é mais vantajoso levar dólares em espécie na viagem ou pagar no cartão. Para isso, vale acompanhar a cotação para converter dólar em real diariamente.

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Destinos turísticos vantajosos 

Para economizar em destinos internacionais, mais do que o valor do câmbio, é importante considerar também o poder de compra da moeda. Por isso, a fim de priorizar o custo-benefício em cada destino, vale apostar em lugares menos buscados, como a Europa Oriental, a Ásia ou a América Latina. Os valores de câmbio apresentados a seguir foram pesquisados em janeiro de 2022.

O Vietnã é considerado o país mais vantajoso para os brasileiros. Isso porque a acomodação e a alimentação são muito baratas, apesar do alto custo das passagens aéreas. O destino é uma chance de conhecer uma cultura completamente diferente da brasileira, além de apreciar belas paisagens. A moeda é o dong vietnamita e R$ 1 equivale a 5.742,88 dongs vietnamitas. 

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A Colômbia é um dos países em que o real vale mais na América do Sul. Tido como parada obrigatória para os mochileiros que viajam pelo continente, o destino conta ainda com o toque único das águas caribenhas. O câmbio é favorável, com R$ 1 valendo 807,38 pesos colombianos, e existem ofertas frequentes de passagens. As promoções costumam ser para a Ilha de San Andrés e Cartagena das Índias. 

Indo para o Sudeste Asiático, a Tailândia é um dos destinos mais baratos e uma das regiões mais ricas em belezas naturais e em identidade cultural. O país costuma ser econômico, pois, além da moeda desvalorizada em relação ao Real – R$ 1 equivale a 7,48 baths tailandeses –, o custo de vida é baixo. O viajante encontra também uma variedade de formas de hospedagem com preços acessíveis.

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As Filipinas, arquipélago formado por ilhas paradisíacas, são uma opção para os amantes de praia. Além da beleza tropical, o turista se beneficia também com a economia que o país garante, principalmente nas acomodações e nas refeições, que são mais baratas que a média. No câmbio, R$ 1 equivale a 12,59 pesos filipinos.

Índice Big Mac 

Para pensar se é possível economizar em uma viagem internacional, pode-se considerar o chamado Índice Big Mac, publicado pela revista The Economist. Trata-se de uma maneira de medir se as taxas de câmbio do mercado para moedas de diferentes países estão subvalorizadas ou supervalorizadas. 

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O Economist converte o preço médio nacional de um Big Mac em dólares americanos, duas vezes por ano, utilizando a taxa de câmbio daquele momento. Como um Big Mac é um produto padronizado mundialmente, a ideia é que ele deveria ter o mesmo custo relativo em todos os países. Sendo assim, as diferenças no custo do sanduíche, em dólares americanos, refletem as diferenças no poder de compra de cada moeda.  

Vale ressaltar que outros fatores também precisam ser considerados para uma análise mais precisa, como o nível de concorrência no mercado, uso de matéria-prima e componentes importados, regulamentações salariais e alíquotas de impostos, pois eles contribuem para as variações de preços entre as nações.  

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Convenções e numerários 

Em entrevista à imprensa, o economista-chefe da Necton, André Perfeito, explica que cada país opera com uma política monetária diferente, o que torna a comparação numerária entre moedas pouco eficaz. Para se calcular a taxa de câmbio entre países, geralmente é feita a comparação com o dólar. 

Pegando como exemplo o Brasil e o México, essa taxa fica próxima de R$ 1 para cada 4 pesos. Conforme o economista da Oxford Economics Felipe Camargo aponta em entrevista, essa diferença não significa, necessariamente, que é possível comprar quatro vezes a mais no México, pois os salários no México são mais altos nominalmente do que em terras brasileiras.  

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Sendo assim, mais importante do que a taxa de câmbio é considerar o poder de compra de cada moeda, para avaliar as vantagens de uma viagem internacional, mesmo que o destino tenha uma moeda que valha menos que o real.

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