Verbas rescisórias: Como calcular e entender seus direitos

(Foto: Jeane de Oliveira Fotografia / Freepik)


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Ao encerrar um contrato de trabalho, seja por iniciativa do empregador ou do empregado, é essencial compreender as verbas rescisórias.

Esses pagamentos têm como objetivo compensar o trabalhador pelos direitos adquiridos e pelas obrigações não cumpridas pelo empregador.

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Neste artigo, exploraremos os principais tipos de verbas rescisórias e forneceremos orientações sobre como calcular esses valores de forma correta e precisa.

Tipos de verbas rescisórias

Existem diferentes tipos de verbas rescisórias, cada uma delas com sua finalidade específica. São elas:

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  1. Aviso Prévio: É o período que o empregador deve comunicar ao empregado sobre o término do contrato de trabalho, ou vice-versa. O tempo de aviso prévio varia de acordo com a legislação vigente e pode ser indenizado ou trabalhado.
  2. Saldo de Salário: Corresponde aos dias trabalhados no mês da rescisão. É calculado com base no salário mensal do trabalhador.
  3. Férias Vencidas e Proporcionais: Caso o empregado tenha direito a férias vencidas e/ou proporcionais, esses valores devem ser pagos na rescisão. As férias proporcionais são calculadas com base no período trabalhado.
  4. Décimo Terceiro Salário Proporcional: Se o empregado não completou o ano trabalhado, receberá o décimo terceiro proporcional, calculado de acordo com o período trabalhado.
  5. Aviso Prévio Indenizado: Caso o aviso prévio não seja cumprido ou dispensado, o empregado terá direito a receber o valor correspondente ao período.
  6. Multa do FGTS: Em caso de demissão sem justa causa, o empregador é obrigado a pagar uma multa de 40% sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) depositado durante o período de trabalho

Cálculo das verbas rescisórias

O cálculo das verbas rescisórias pode variar de acordo com as particularidades de cada situação. No entanto, para ter uma noção geral, é possível seguir algumas orientações básicas:

  1. Saldo de Salário: O saldo de salário é calculado multiplicando-se o valor do salário diário pela quantidade de dias trabalhados no mês da rescisão.
  2. Férias Vencidas e Proporcionais: As férias vencidas e proporcionais são calculadas separadamente. Para as férias vencidas, divide-se o valor do salário por 30 e multiplica-se pelo número de dias de férias devidos. Para as férias proporcionais, divide-se o valor do salário por 12 e multiplica-se pelo número de meses trabalhados.
  3. Décimo Terceiro Salário Proporcional: O décimo terceiro proporcional é calculado dividindo-se o valor do salário por 12 e multiplicando-se pelo número de meses trabalhados.
  4. Aviso Prévio Indenizado: O aviso prévio indenizado é calculado com base no valor do salário mensal do trabalhador. Para cada mês completo de trabalho, é acrescentado 1/12 do salário.
  5. Multa do FGTS: A multa do FGTS corresponde a 40% do saldo do fundo de garantia do trabalhador. Esse valor é pago pelo empregador no momento da rescisão contratual.

É importante ressaltar que essas são apenas orientações gerais e que cada situação pode apresentar particularidades, como acordos coletivos, adicionais ou benefícios específicos.

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Recomenda-se, portanto, buscar orientação junto a um profissional de contabilidade, departamento pessoal ou sindicato para obter informações mais precisas e adequadas ao caso específico.

Além disso, é fundamental destacar que a CLT estabelece prazos para o pagamento das verbas rescisórias.

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O empregador tem até 10 dias a partir da data da demissão para efetuar o pagamento. Caso esse prazo não seja cumprido, o empregador poderá ser penalizado com o pagamento de multas e juros.

Multa do artigo 477 da CLT

O artigo 477 da CLT estabelece que o empregador tem o prazo de 10 dias para efetuar o pagamento das verbas rescisórias ao trabalhador no momento da rescisão contratual.

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Caso o pagamento não seja realizado dentro desse prazo, o empregador fica sujeito à aplicação de uma multa.

De acordo com a legislação, a multa consiste em uma penalidade equivalente a um salário do trabalhador.

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Esse valor deve ser acrescido à totalidade das verbas rescisórias devidas ao empregado.

A multa do artigo 477 da CLT é aplicada quando o empregador atrasa ou se omite no pagamento das verbas rescisórias, prejudicando o trabalhador demitido.

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Essa multa tem o objetivo de garantir a efetivação dos direitos trabalhistas e coibir práticas abusivas.

Caso o empregador não cumpra o prazo para pagamento das verbas rescisórias e não justifique o motivo do atraso, o trabalhador pode entrar com uma reclamação na Justiça do Trabalho para requerer o pagamento da multa do artigo 477 da CLT, além das demais verbas devidas.

É fundamental que tanto o empregador quanto o trabalhador estejam atentos aos prazos estabelecidos pela legislação trabalhista para o pagamento das verbas rescisórias.

O não cumprimento desses prazos pode resultar em problemas para ambas as partes.

Para o empregador, o atraso no pagamento das verbas rescisórias implica na aplicação da multa do artigo 477 da CLT, o que representa um custo adicional.

Além disso, o não pagamento adequado das verbas pode resultar em processos trabalhistas e demandas judiciais, gerando gastos maiores e desgaste para a empresa.

Já para o trabalhador, o atraso no recebimento das verbas rescisórias prejudica sua situação financeira e pode comprometer suas obrigações e necessidades.

Para realizar a cobrança da multa é necessária realizar através de uma ação trabalhista, podendo ser feita com um advogado trabalhista online.

Nesse sentido, a multa prevista no artigo 477 da CLT é uma forma de proteger os direitos do trabalhador e minimizar os prejuízos causados por atrasos ou omissões no pagamento.

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