Vacinas Bivalentes: Entenda como elas funcionam
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A pandemia do Covid-19 causou milhares de mortos aqui no Brasil e em todo o mundo, as pessoas tiveram que se recolherem em suas casas para que não houvesse uma contaminação maior. Muitos estudos foram realizados até chegar a uma vacina que combatesse esse tão agressivo vírus. Com a distribuição das vacinas foi possível barrar o covid-19, visto que ele diminuía os sintomas causados pela infecção do vírus. Com a vacina, os casos de morte diminuíram, assim como os casos de internação. Veja a seguir tudo que você precisa saber sobre as Vacinas Bivalentes e como elas funcionam contra a covid.
Sobre as vacinas Bivalentes e como elas funcionam contra a covid-19
Os imunizantes da primeira geração só tem eficácia contra a cepa inicial do coronavírus, porém elas continuam tendo eficácia para evitar doenças graves e morte.
A ANVISA, Agência nacional de Vigilância Sanitária, fez a aprovação de dois tipos de vacina bivalentes voltadas para o combate ao coronavírus. As duas vacinas aprovadas estão sendo fabricados pela Pfizer. Ambos são imunizantes bivalentes BA.1 e o bivalente BA.4/BA.5, duas blindagens feitas contra a variante ômicron do vírus. A União Européia e os Estados Unidos já haviam aprovado os imunizantes, no entanto, o Brasil irá utilizar as vacinas como doses de reforço. A aplicação será feira em todas as pessoas acima de 12 anos.
O imunizante recebe o nome de bivalente porque é diferente dos imunizantes monovalentes. As vacinas monovalentes só possuíam apenas uma cepa do vírus, o que significava uma proteção reduzida contra as novas variantes que acabaram surgindo no decorrer da transmissão do vírus. Assim, os imunizantes passaram por essa atualização para garantir uma proteção relevante contra a variante majoritária no mundo inteiro, a ômicron.
Além disso, os novos imunizantes seguem um processo de produção semelhante ao que já vinha sendo seguido, porém, agora usando mais ingredientes que sofreram modificações conforme a ômicron, além da cepa original do vírus. Vários estudos clínicos foram realizados como prova que os novos imunizantes bivalentes são capazes de criar uma resposta imunológica e atuar contra as cepas do coronavírus que vieram a surgir. Além disso, vale ressaltar que os estudos também garantem a segurança dos pacientes.
Houve uma grande evolução do vírus e a cepa original sofreu diversas mutações que acabaram promovendo o escape imunológico das proteções presentes nos primeiros imunizantes liberados contra a Covid, de acordo com palavras de Emy Akiyama Gouveia, infectologista no hospital Israelita Albert Einstein. Desse modo, as novas vacinas atualizadas serão essenciais para combater as variantes da Covid predominantes no memento atual.
Os cientistas sempre tiveram essa preocupação de atualizar os imunizantes. Tanto para as vacinas que utilizam a tecnologia de RNA mensageiro, como os imunizantes fabricados pela Pfizer e Moderna. Nesse caso, o principal alvo das vacinas atualizadas é a proteína S, localizada na coroa do coronavírus e que possui papel fundamental no momento da infeção das células do corpo humano.
A região da proteína é a área onde acontecem as mutações em novas variantes, e, por conseguinte, a perda de eficácia das primeiras vacinas produzidas. Vale lembrar que, mesmo assim, os primeiros imunizantes continuam promovendo a proteção contra casos graves e diminuindo as taxas de internação, assim como as mortes em pacientes.
Por isso, as vacinas que estão sendo aplicadas em todo o país, as monovalentes, continuam sendo a melhor opção de combate contra o covid-19, enquanto esperamos pela distribuição dos imunizantes bivalentes. Portanto, se você está com sua dose de reforço atrasada, não espere pela chegada de novas vacinas. Tome a vacina o quanto antes e aumente a sua proteção contra o vírus, garantindo que, caso uma infecção ocorra, sentirá apenas sintomas leves.
A tecnologia usada nas vacinas de RNA mensageiro está em estudo há anos. Elas são como uma cópia feita em laboratório de uma parte do vírus - o RNA - que realiza o comando da produção da proteína S. Por isso, são bem mais fáceis de atualizar, para isso, só é necessário conhecer a sequência genética presente na mutação.
Quando esse trecho sintético de RNA é inserido no organismo, nossas células começam a produzir essa proteína, despertando uma reação do sistema imunológico. Então, quando o vírus entra em nosso organismo, o nosso corpo está com defesas prontas e ele é reconhecido rapidamente.
As vacinas já estão disponíveis na rede pública?
Infelizmente os novos imunizantes bivalentes ainda não estão disponíveis na rede pública. De acordo com um comunicado feito oficialmente pela Pfizer/BioNTech, a fabricante dos imunizantes está fazendo tudo o possível, dentro dos acordos que focam estabelecidos com os governos em todo o planeta e que também não existem novas negociações. É esperado que os novos lotes com imunizantes bivalentes comecem a ser distribuídos ainda no mês de dezembro de 2022.
Qual o intuito da vacina bivalente?
A vacina bivalente da covid-19 tem como objetivo melhorar o sistema imunológico das pessoas, aumentando a defesa do organismo contra a nova cepa. Elas foram desenvolvidas para conter as novas variantes do Sars-Covid-2.
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